Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
JONAS LOTUFO BRANT DE CARVALHO
Matrícula UnB
1096567
Unidade acadêmica da UnB
jonasbrant@unb.br
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Track COVID-19 - Software para registro e monitoramento de casos e contatos de COVID-19 através de um modelo de dados flexível e aberto, com compartilhamento de dados e geração de informação.
Sumário Executivo da Proposta
O primeiro caso da pandemia pelo novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último ano. Desde então, os casos começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo continente asiático, e depois por outros países que também foram acometidos, como Coréia do Sul, Itália, Irã, Japão e, inclusive, o Brasil (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2020b). Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como pandemia.
O rastreamento de contato é uma parte importante da investigação epidemiológica e da vigilância ativa. A interrupção da transmissão do vírus COVID-19 é baseada na detecção precoce e no isolamento imediato de novos casos.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
rastreamento, covid-19, contato, pandemia
Número de Integrantes da Equipe
6
Nome dos Integrantes da UnB
Rogerio Luiz Araujo Carmine ,Marcela Lopes Santos, Sara Solange Alves Ferraz, Vanessa Torales Porto, Gleyton de Castro LIma
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Laboratório Centeias/Faculdade de Ciências da Saúde/http://fs.unb.br/sobre-centeias
Público alvo
Análise do Contexto
O primeiro caso da pandemia pelo novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último ano. Desde então, os casos começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo continente asiático, e depois por outros países que também foram acometidos, como Coréia do Sul, Itália, Irã, Japão e, inclusive, o Brasil (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2020b).
Em fevereiro, a transmissão da Covid-19, nome dado à doença causada pelo SARS-CoV2, no Irã e na Itália chamaram a atenção pelo crescimento rápido de novos casos e mortes, fazendo com que o Ministério da Saúde alterasse a definição de caso suspeito para incluir pacientes que estiveram em outros países. No mesmo dia, o primeiro caso do Brasil foi identificado, em São Paulo.
Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como pandemia. Poucos dias depois, foi confirmada a primeira morte no Brasil, em São Paulo.
Os coronavírus (CoV) são um grupo de 7 vírus pertencentes à mesma família que causam infecções respiratórias e gastrointestinais. O novo coronavírus SARS-COv2 é o mais recente entre eles, causando a doença intitulada como COVID-19. Esse novo vírus ainda apresenta características pouco conhecidas (ZHOU et al., 2020). O que se tem registrado até o momento é que apesar da baixa letalidade (2%), apresenta um potencial de dispersão considerável (Worldometers, 2020). Isso quer dizer que apesar dos casos graves e de óbitos serem registrados com mais frequências em populações de risco, com pior condição imunológica, o número de casos pode aumentar consideravelmente em um curto espaço de tempo. Isso é o que pode levar ao colapso da estrutura de saúde montada na atualidade. Um crescente número de casos novos, para uma demanda deficitária do sistema de saúde (LANA et al., 2020).
O sucesso da Coreia do Sul pode dar lições para outros países e também um aviso: Mesmo depois de reduzir os números de casos, o país está preparado para um ressurgimento.
Por trás de seu sucesso até agora tem sido o mais expansivo e bem organizado programa de testes do mundo, combinado com extensos esforços para isolar pessoas infectadas e rastrear e colocar em quarentena seus contatos. A Coreia do Sul testou mais de 270.000 pessoas, o que equivale a mais de 5.200 testes por milhão de habitantes .
Em casos suspeitos ou confirmados por COVID-19, que não necessitam de hospitalização, é indicado o isolamento domiciliar. Esses pacientes devem receber orientações sobre controle de infecção, prevenção de transmissão e ficar atento aos sinais de alerta. A presença de qualquer sinal de alerta como febre, taquicardia, dor pleurítica, fadiga, dispnéia deverá determinar o encaminhamento imediato ao hospital, principalmente quando se trata de pacientes com diabetes, hipertensão, outras doenças crônicas pré-estabelecidas, bem como imunodepressão no caso de pacientes com cânceres sob tratamento, transplantados e idosos acima de 60 anos (BRASIL, 2020b).
Um contato de COVID-19 é uma pessoa que não apresenta sintomas, mas possa ter tido contato com um caso, seja confirmado ou suspeito, de COVID-19 (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020). O contato pode ser classificado como de alto ou baixo risco e isso determina o tipo de monitoramento que deve ser realizado (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020).
O rastreamento de contatos foi uma intervenção utilizada efetivamente para o controle do ebola na região da África (WHO, 2014). De forma geral, o rastreamento de contato é organizado em três elementos: identificação do contato, listagem de contatos e seguimento dos contatos (WHO, 2014).
Para aqueles casos que tiveram contato com um infectado pelo COVID-19 é recomendado a quarentena, que é o isolamento durante o período de incubação da doença, que dura 14 dias ou até o fim dos sintomas. (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020). Esse processo objetiva a redução da transmissão.
Para estabelecer o seguimento de contato, algumas fases são priorizadas. A primeira delas é a fase de preparação. A seguir é feito a identificação do contato, para então realizar o isolamento e monitoramento de contatos com definição de alto ou baixo nível de exposição em relação ao caso inicial. O processo seguinte é testar os contatos sintomáticos e sempre coordenar com o ambiente de resposta local para atualização dos dados (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020).
Na fase de preparação é necessário a aquisição de recursos para obtenção de equipamentos e infraestrutura para iniciar o seguimento de contato e monitoramento da quarentena (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020). Exemplos de recursos necessários: treinamento da equipe (entrevista por telefone e uso de equipamento de proteção individual, conforme necessário), organização de uma central telefônica, estoque disponível de equipamento de proteção individual, protocolos e formulários validados para coleta de dados, estrutura para coleta e análise de dados (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020).
Para identificação dos contatos é necessário que após a confirmação de um caso de COVID-19, ele seja entrevistado e listado os contatos. Esses devem ser classificados como alto ou baixo risco devido a exposição (EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL, 2020).
Breve Fundamentação Teórica
O rastreamento de contato é uma parte importante da investigação epidemiológica e da vigilância ativa. A interrupção da transmissão do vírus COVID-19 é baseada na detecção precoce e no isolamento imediato de novos casos. Durante a epidemia é provável que a transmissão ocorra entre os contatos da caso confirmado. Por essa razão é fundamental que todos os contatos potenciais de casos suspeitos, prováveis e confirmados de COVID-19 sejam identificados e registrados no software. O rastreamento de contato é, portanto, uma das ações mais eficazes nas medidas de contenção da doença.
Objetivos e Metas
Objetivo: Disponibilizar um software em plataforma web e mobile para rastreamento dos potenciais contatos de casos suspeitos, prováveis e confirmados de COVID-19 através do uso de formulários e relatórios flexíveis, recursos de georreferenciamento e Business Intelligence (BI), apoiado por um modelo de predição para identificar as situações com maior probabilidade de transmissão, inicialmente, para as unidades de vigilâncias municipais.
Metas:
Identificar dados e informações mais importantes que influenciam na análise e detecção dos casos e contatos.
Definir um fluxo de trabalho para registro, acompanhamento e monitoramento dos casos e contatos.
Definir um modelo de predição com base nos dados coletados pelo aplicativo para identificar as situações de maior probabilidade de transmissão.
Desenvolver um software, disponível na plataforma web e mobile, para possibilitar o registro, acompanhamento e monitoramento dos casos e contatos, baseado nas definições do fluxo de trabalho.
Desenvolver um painel de monitoramento (Dashboard), disponível através da Internet, para exibir e compartilhar informações geradas, de forma automatizada, a partir dos dados coletados no software de registro, acompanhamento e monitoramento.
Avaliar o software por meio de um contexto de uso em uma organização de vigilância epidemiológica.
Metodologia
Identificação das variáveis que mais contribuem para análise da transmissão da doença, definição do processo de trabalho para gerenciamento de casos e contatos, com profissionais de vigilância em saúde.
Definição de modelo de análise preditiva, para determinar mais rapidamente as situações de transmissão que merecem atenção.
Desenvolvimento do software de gerenciamento e do painel de monitoramento, considerando os elementos definidos nas etapas anteriores.
Validação dos softwares como piloto em uma região administrativa do Distrito Federal.
Será utilizada a metodologia Scrum para organização do trabalho. Estão previstas entregas incrementais para rápida validação nos meses 7, 9, 12 e 16.
Resultados Esperados
RP.1 Aumento da continuidade do processo de gerenciamento de casos e contatos da doença em crises, considerando questões de indisponibilidade de local físico e distanciamento social, através do trabalho remoto e uso de dispositivos móveis.
RP.2 Aumento da disponibilidade dos registros de dados e informações necessárias através da plataforma de compartilhamento digital com os profissionais envolvidos no gerenciamento dos casos e contatos, inclusive entre organizações.
RP.3 Aumento da qualidade do registro para rastreamento de casos e contatos através de regras de validação e identificação dos dados necessários.
RP.4 Redução do tempo de identificação dos locais ou áreas onde tiveram maior circulação de casos e contatos.
RP.5 Redução do tempo de identificação das situações de transmissão da doença, através de modelos preditivos, para tomada de decisão dos gestores.
RP.6. Redução do tempo de elaboração da cadeia de transmissão da doença por meio de ferramentas que auxiliem no fornecimento de dados e informações necessárias para análise.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
Planejamento Inicial do Projeto - 1º mês
Contratação de RH-1ºmês
Levantamento de dados e informações para análise de casos e contatos- 1 e 2º mês
Elaboração de fluxo de trabalho para registro, acompanhamento e monitoramento - 2 e 3º mês
Elaboração de modelo de predição para análise de casos e contatos - 3, 4, 5, 6 7 e 8º mês
Desenvolvimento do Software de Registro, Acompanhamento e Monitoramento - 1º ao 16º mês
Desenvolvimento do Painel de Monitoramento- 5º ao 16º mês
Implantação das versões do software em ambiente de piloto-7º,9º,12º e 16º mês
Validação no Piloto de Operação - 7º ao 16º mês
Correção de Bugs e Manutenção do Software- 9º ao 16º mês
Encerramento do Projeto - 17º e 18º mês
Tempo total de execução previsto
18
Categoria do Projeto
Aplicativos, plataformas e algoritmos | Comunicação, informação e educação