Informações
Nome Completo do Proponente
Valeria Reis do Canto Pereira
Matrícula UnB
1074695
Unidade acadêmica da UnB
vrcantopereira@unb.br
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Título - Efetividade das barreiras de proteção em procedimentos de audiologia durante a pandemia da Covid-19
Sumário Executivo da Proposta
O Conselho Federal de Fonoaudiologia orienta ainda, na atual pandemia que, antes de iniciar os atendimentos, deve-se revestir os equipamentos que serão utilizados com plástico filme de policloreto de vinila (PVC), descartando ao final do expediente. A cobertura com o plástico filme PVC permite o uso do álcool etílico 70% sem que haja dano ao equipamento. O álcool isopropílico, com evaporação mais rápida, é indicado para desinfecção de microfones, fios, etc (CFFa, 2020).
Os fones supraurais estão em contato direto com a pele do pavilhão do paciente durante o exame com duração média de 30 minutos na cabine acústica, resultando em sudorese. Há grande risco de contaminação, porém o material emborrachado do coxim é difícil de ser retirado do fone, o dificulta procedimentos de esterilização ou desinfeção (Oliveira, Medeiros e Silva, 2007). Para superfícies de difícil descontaminação, sugere-se o uso de barreiras descartáveis que devem ser de material impermeável e descartado a cada uso como o protetor descartável de fone de ouvido de tecido não tecido (TNT), gramatura de 20g (CFFa, 2020; Speri et al, 2017; Pró-fono, 2005) e o filme PVC (Oliveira, Medeiros e Silva, 2007 e Speri et al, 2017). Ambos possuem efeito de barreira pois são impermeáveis e devem ser substituídos a cada uso. O efeito dessas barreiras sobre os resultados dos exames não são totalmente esclarecidos pela literatura (Speri et al, 2017; Oliveira, Medeiros e Silva, 2007 e Pró-fono, 2005) o que traz insegurança aos fonoaudiólogos que estão à frente dos serviços em funcionamento durante a pandemia da Covid-19. Seria interessante promover um fluxo de informações entre os serviços em funcionamento, seguindo as orientações do CFFa e ainda acrescentando informações de custo, segurança de proteção e ainda os efeitos sobre os resultados dos exames para melhor definição de tais orientações, segurança da classe fonoaudiológica e de seus pacientes, além da confiança nos resultados dos exames realizados.
Palavras-chave
biossegurança/ audiologia/ protetor de fone
Número de Integrantes da Equipe
10
Nome dos Integrantes da UnB
Valeria Reis do Canto Pereira, Isabella Monteiro de Castro Silva, Renata de Sousa Tschiedel, Lidia Traldi, Lisiane Holdefer, Cristiane Scardovelli, Micheline Figueiredo, Kamilla Nunes Azevedo, Herminia Costa Gomes de Moura, Eliane Teixeira de Moraes.
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Não
Público alvo
Análise do Contexto
As orientações de biossegurança sobre a pandemia da Covid 19 estão em vários meios de comunicação e tanto o profissional quanto o paciente devem ter consciência e conhecimento das fontes de contaminação as quais estão expostos. Tais fontes podem ser os profissionais e atendentes do serviço, os próprios pacientes ou o meio ambiente (Oliveira, Medeiros e Silva, 2007; Mancini et al. 2008). As rotas de transmissão de doenças são: por contato direto, por veículo, pelo ar e por vetores. O meio mais comum de transmissão da doença em Fonoaudiologia é o de contato. Ele pode ser direto, por disseminação dos microrganismos de um indivíduo ao outro por meio de contato físico, ou indireto, quando um indivíduo entra em contato com um objeto contaminado, como, por exemplo, manusear um aparelho de amplificação sonora individual sem luvas. Essas são maneiras de contaminação pela pele ou mucosa, quando não estão bem protegidas (CFFa, 2007; Albuquerque et al, 2012).
São diversas as medidas de precaução para redução de risco ocupacional, dentre elas: a imunização por meio de vacinas; a lavagem das mãos; o uso de equipamentos de proteção individual como luvas, máscara, avental, gorro ou protetor ocular; a descontaminação do ambiente de trabalho e de artigos usados em procedimentos (CFFa, 2007). Para superfícies de difícil descontaminação, como os fones supraurais, por exemplo, sugere-se o uso de barreiras descartáveis que devem ser de material impermeável e descartado a cada uso como o protetor descartável de fone de ouvido de tecido não tecido (TNT), gramatura de 20g (CFFa, 2020; Speri et al, 2017; Pró-fono, 2005) e o filme PVC (Oliveira, Medeiros e Silva, 2007 e Speri et al, 2017). Ambos possuem efeito de barreira pois são impermeáveis e devem ser substituídos a cada uso. O efeito dessas barreiras sobre os resultados dos exames não são totalmente esclarecidos pela literatura (Speri et al, 2017; Oliveira, Medeiros e Silva, 2007 e Pró-fono, 2005) o que traz insegurança aos fonoaudiólogos que estão à frente dos serviços em funcionamento durante a pandemia da Covid-19.
Breve Fundamentação Teórica
Os fones supraurais estão em contato direto com a pele do pavilhão do paciente durante o exame com duração média de 30 minutos na cabine acústica, resultando em sudorese. Há grande risco de contaminação, porém o material emborrachado do coxim é difícil de ser retirado do fone, o dificulta procedimentos de esterilização ou desinfeção (Oliveira, Medeiros e Silva, 2007). Nesses casos, recomenda-se o uso de barreiras de proteção.
O filme de PVC foi utilizado como barreira protetora durante a audiometria tonal, na pesquisa de limiares de via aérea (Oliveira, Medeiros e Silva, 2007). As autoras identificaram aumento de limiares em todas as frequências com o uso do filme de PVC, porém com significância estatística apenas em 6KHz com média de aumento de menos de 3 dB, justificada pela possível produção de onda estacionária entre a película de PVC e o autofalante do fone. Speri at al. (2017) retomaram os questionamentos do estudo anterior, ampliando a pesquisa para exames da logoaudiometria e imitanciometria. As autoras não identificaram mudanças significativas ao compararem os resultados dos exames com filme de PVC, com protetor descartável de fones de ouvido da Pró-fono e sem o uso de barreiras protetoras.
Objetivos e Metas
O objetivo do projeto é levantar junto aos serviços de audiologia em funcionamento durante a pandemia do COVID-19 os procedimentos de biossegurança utilizados em todos os procedimentos de audiologia (audiometria tonal, vocal e imitanciometria), verificar a efetividade de proteção dos fones supraurais tanto com relação à influência sobre os limiares de cada exame, como quanto à funcionalidade do serviço em relação à limpeza ou troca a cada paciente no serviço e ainda quanto aos custos, de forma a verificar o melhor custo benefício ao serviço, aos profissionais e aos pacientes.
Metodologia
Os usuários dos serviços serão convidados pelas Fonoaudiólogas responsáveis após os esclarecimentos sobre a pesquisa. Em caso de aceite, todos os sujeitos da pesquisa deverão assinar o TCLE autorizando a participação no estudo.
Após esta etapa, as pesquisadoras realizarão a avaliação audiológica por meio do exame audiométrico, conforme a designação do pedido médico, podendo ser: a) audiometria tonal para identificar o limiar auditivo do participante nas frequências de 250 a 8000Hz com uso de fones supraurais; b) a audiometria vocal, com pesquisa de limiar e índice de reconhecimento; c) imitanciometria, com timpanometria e pesquisa de reflexos acústicos. O participante será avaliado por duas vezes: uma usando uma das barreiras de proteção e outra sem a barreira. As duas situações de avaliação com e sem barreira serão randomizadas de forma a minimizar viés de cansaço ou aprendizagem em qualquer uma das formas de avaliação. O tempo estimado para a avaliação é de 60 minutos.
Resultados Esperados
Após a avaliação dos diferentes materiais utilizados, espera-se identificar qual a barreira mais eficaz na proteção dos fones supraurais considerando os limiares auditivos, a funcionalidade do serviço e os custos deste materiais. Deste modo, será possível verificar o método mais adequado e seguro aos profissionais e aos pacientes.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Sim
Valor da previsão de financiamento da unidade
100000
Cronograma da Execução
Coleta de dados: Meses 1 e 2
Tabulação e análise dos dados: Mês 3
Apresentação dos achados aos serviços: Mês 4
Tempo total de execução previsto
4