Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Gerson Cipriano Junior
Matrícula UnB
1029070
Unidade acadêmica da UnB
cipriano@unb.br
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
RESPOSTAS CARDIORRESPIRATÓRIAS DO EXERCÍCIO AERÓBIO EM AMBIENTE EXTERNO COM UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES MÁSCARAS FACIAIS DE PROTEÇÃO AO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2) EM JOVENS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CRUZADO
Sumário Executivo da Proposta
O exercício físico é capaz de aumentar a resposta imunológica, aspecto demasiadamente importante diante deste contexto pandêmico, ressaltando a importância de aderir à pratica esportiva. Órgãos de saúde tem enfatizado no entanto, a necessidade de admissão de todas as medidas de proteção individual, incluindo o uso máscaras facias, mesmo durante a prática de exercícios ao ar livre. Entretanto, o impacto das máscaras nos ajustes fisiológicos, desempenho e conforto não foram completamente estabelecidos. O presente estudo tem como objetivo investigar os efeitos fisiológicos (cardiorrespiratórios, metabólicos, temperatura corporal, recepção do esforço e desconforto) de diferentes tipos de máscaras faciais de proteção ao coronavírus SARS-CoV-2 (máscara cirúrgica; máscara de tecido 100% algodão; respirador N95) em jovens saudáveis durante exercício aeróbio em ambiente externo.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
exercício, cardiologia, fisioterapia
Número de Integrantes da Equipe
4
Nome dos Integrantes da UnB
JORDANNA DE SOUSA NEIVA, Gerson Cipriano Junior, Robson Fernando Borges e Caio Victor
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Público alvo
Análise do Contexto
Desde o início de 2020, o mundo vem enfrentando a disseminação da COVID-19, uma doença causada pelo coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) (SOHRABI et al., 2020). Segundo dados publicados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), até 12 de fevereiro de 2021 foram confirmados no mundo mais de 107 milhões de casos e mais de 2 milhões de mortes (OPAS, 2020a). Devido a inexistência de um tratamento específico e sua alta taxa de transmissibilidade, o Brasil decretou Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) de acordo com a Lei nº 13.979 (BRASIL, 2020a) e a Portaria nº 188 (BRASIL, 2020b), e seguindo recomendações e experiências internacionais, adotou o isolamento social como a principal medida de prevenção e controle da doença (ANDERSON et al., 2020). Além dessas medidas, com o intuito de tentar controlar a disseminação deste vírus, os indivíduos são instruídos, pelas entidades de saúde mundo afora, a adotar medidas preventivas como o uso de máscaras faciais de proteção em áreas públicas (ADHIKARI et al., 2020; GÜNER; HASANOGLU; AKTAS, 2020), pois elas são importantes para impedir que as gotículas oriundas do nariz ou boca alcancem outras pessoas ou superfícies, levando a contaminação (GREENHALGH et al., 2020).
Diante do momento delicado de isolamento, a rotina de grande parte da população foi alterada com o fechamento de academias e áreas de lazer. Tal fato levou a redução da prática de exercícios físicos, o que implica diretamente no decréscimo da capacidade física. Sabe-se que a prática regular de exercício físico é fator protetivo e preventivo, evitando doenças como hipertensão e diabetes (CARDOSO et al., 2010; MIELE; HEADLEY, 2017; ROMERO; MINSON; HALLIWILL, 2017), além de proporcionar redução de fatores de risco para doenças cardiovasculares e menor prevalência da morbidade e mortalidade (ACSM, 2018; FIUZA-LUCES et al., 2018). Sabe-se ainda que o exercício físico é capaz de aumentar a imunidade geral do organismo (WONG et al., 2020), aspecto demasiadamente importante diante deste contexto pandêmico. O que ressalta a importância de aderir à uma vida fisicamente ativa. No entanto, atualmente, mesmo diante da reabertura das academias, enfatiza-se a necessidade de admissão de todas as medidas cabíveis de proteção. E então a prática de exercícios ao ar livre continua sendo uma alternativa para evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. Dessa forma, reflete-se agora acerca da viabilidade da prática de exercício ao ar livre com uso das máscaras faciais, e surge uma questão: como o uso das máscaras faciais irão influenciar o desempenho dos indivíduos em seus treinos?
Logo, este ensaio clínico randomizado cruzado se propõe a investigar os efeitos fisiológicos de diferentes tipos de máscaras faciais de proteção ao coronavírus SARS-CoV-2 (máscara cirúrgica; máscara de tecido 100% algodão; respirador N95) em jovens saudáveis durante exercício aeróbio em ambiente externo.
Breve Fundamentação Teórica
Desde o início de 2020, o mundo vem enfrentando a disseminação da COVID-19, uma doença causada pelo coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) (SOHRABI et al., 2020). Segundo dados publicados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), até 12 de fevereiro de 2021 foram confirmados no mundo mais de 107 milhões de casos e mais de 2 milhões de mortes (OPAS, 2020a). Devido a inexistência de um tratamento específico e sua alta taxa de transmissibilidade, o Brasil decretou Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) de acordo com a Lei nº 13.979 (BRASIL, 2020a) e a Portaria nº 188 (BRASIL, 2020b), e seguindo recomendações e experiências internacionais, adotou o isolamento social como a principal medida de prevenção e controle da doença (ANDERSON et al., 2020). Além dessas medidas, com o intuito de tentar controlar a disseminação deste vírus, os indivíduos são instruídos, pelas entidades de saúde mundo afora, a adotar medidas preventivas como o uso de máscaras faciais de proteção em áreas públicas (ADHIKARI et al., 2020; GÜNER; HASANOGLU; AKTAS, 2020), pois elas são importantes para impedir que as gotículas oriundas do nariz ou boca alcancem outras pessoas ou superfícies, levando a contaminação (GREENHALGH et al., 2020).
Diante do momento delicado de isolamento, a rotina de grande parte da população foi alterada com o fechamento de academias e áreas de lazer. Tal fato levou a redução da prática de exercícios físicos, o que implica diretamente no decréscimo da capacidade física. Sabe-se que a prática regular de exercício físico é fator protetivo e preventivo, evitando doenças como hipertensão e diabetes (CARDOSO et al., 2010; MIELE; HEADLEY, 2017; ROMERO; MINSON; HALLIWILL, 2017), além de proporcionar redução de fatores de risco para doenças cardiovasculares e menor prevalência da morbidade e mortalidade (ACSM, 2018; FIUZA-LUCES et al., 2018). Sabe-se ainda que o exercício físico é capaz de aumentar a imunidade geral do organismo (WONG et al., 2020), aspecto demasiadamente importante diante deste contexto pandêmico. O que ressalta a importância de aderir à uma vida fisicamente ativa. No entanto, atualmente, mesmo diante da reabertura das academias, enfatiza-se a necessidade de admissão de todas as medidas cabíveis de proteção. E então a prática de exercícios ao ar livre continua sendo uma alternativa para evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. Dessa forma, reflete-se agora acerca da viabilidade da prática de exercício ao ar livre com uso das máscaras faciais, e surge uma questão: como o uso das máscaras faciais irão influenciar o desempenho dos indivíduos em seus treinos?
Logo, este ensaio clínico randomizado cruzado se propõe a investigar os efeitos fisiológicos de diferentes tipos de máscaras faciais de proteção ao coronavírus SARS-CoV-2 (máscara cirúrgica; máscara de tecido 100% algodão; respirador N95) em jovens saudáveis durante exercício aeróbio em ambiente externo.
Objetivos e Metas
OBJETIVO GERAL
Identificar os ajustes cardiorrespiratórios e metabólicos agudos, e desconforto agudo e tardio desencadeados pelo uso de diferentes máscaras faciais de proteção durante um protocolo de treino aeróbio em ambiente externo em indivíduos saudáveis.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Comparar os ajustes cardiorrespiratórios agudos à três diferentes máscaras faciais de proteção na resposta cardiovascular, por meio da Frequência Cardíaca (FC, b/min), Saturação de Oxigênio (SpO2, %), Dióxido de carbono ao final da expiração (EtCO2, %), Pressão Arterial (PA, mmHg) e gasto energético (Kcal) estimado pela FC durante treino aeróbio moderado em ambiente externo;
• Comparar os ajustes metabólicos agudos à três diferentes máscaras faciais de proteção na Temperatura facial e da máscara (C°) durante treino aeróbio moderado em ambiente externo;
• Avaliar a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), desconforto facial agudo e tardio, e Dor Muscular Tardia (DMT) à três diferentes máscaras faciais de proteção, por meio de escalas padronizadas frente ao treino aeróbio moderado em ambiente externo;
Metodologia
Este ensaio clínico randomizado cruzado pretende determinar os efeitos das máscaras faciais de proteção citadas anteriormente em saudáveis de ambos os sexos. Assim, vinte voluntários realizarão três sessões de treino aeróbio moderado contínuo (durante 20 minutos) em cicloergômetro de membros inferiores posicionado em ambiente externo. Em cada sessão, os indivíduos treinarão com um tipo diferente de máscara, mediante aleatorização prévia, e haverá intervalo mínimo 48 horas entre as sessões. Estas serão conduzidas por apenas um pesquisador – mantendo distância de pelo menos 2 metros, em ambiente ventilado, e sob uso de máscara cirúrgica, luvas descartáveis, avental hospitalar e protetor facial.
Resultados Esperados
Com o presente trabalho, espera-se ampliar e aperfeiçoar os conhecimentos, principalmente sob a ótica cardiorrespiratória, quanto a prática de exercício físico aliada ao uso das máscaras faciais de proteção. De forma que os resultados obtidos permitam uma análise quanto as interferências das máscaras no desempenho físico dos indivíduos, bem como qual tipo de máscara traz menor influência. Assim, irá otimizar a prescrição de exercícios físicos. Bem como, propiciará a elucidação dos efeitos desencadeados pelas máscaras de tecido durante a prática esportiva – os quais permanecem incertos na literatura científica.
Ademais, com alicerce nos estudos científicos construídos no presente contexto do paralelo exercício físico-máscara, estima-se que a frequência cardíaca, a percepção subjetiva de esforço e a pressão arterial aumentem significativamente durante o exercício, bem como a sensação de dispneia e umidade no interior da máscara (WONG et al., 2020; CHANDRASEKARAN et al., 2020). Além da potencial redução da saturação de oxigênio (CHANDRASEKARAN et al., 2020; PORCARI et al., 2016), e aumento discreto na pressão parcial de dióxido de carbono (EPSTEIN et al., 2020).
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Valor da previsão de financiamento da unidade
Alunos já tem bolsa de PIBIC
Cronograma da Execução
Abril a Agosto de 2021
Tempo total de execução previsto
6