Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Carla Silva Rocha Aguiar
Matrícula UnB
1051946
Unidade acadêmica da UnB
rocha.carla@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Plataforma online para prontuário de atendimento fase de recuperação COVID-19
Sumário Executivo da Proposta
O projeto propõe o desenvolvimento de uma plataforma para atualizar o atendimento na área de saúde mental decorrentes do isolamento social, a fim de lidar com a fase de recuperação da pandemia Covid-19. A fase de recuperação tem como finalidade promover reflexão sobre o que foi aprendido durante a epidemia e o delineamento de novas ações que possam ser realizadas em casos semelhantes (UNB, 2020). A plataforma servirá tanto como prontuário, para o profissional da psicologia agendar, gerenciar e registrar atendimentos, quanto para gestores, uma vez que serão disponibilizados dashboards online com informações em tempo real sobre a saúde mental da comunidade a partir dos dados da plataforma.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
Prontuário eletrônico, atendimento psicológico, ações coletivas para saúde mental UnB, dashboard de dados de saúde mental
Número de Integrantes da Equipe
15
Nome dos Integrantes da UnB
Carla Silva Rocha Aguiar - Engenharia de Software - campus Gama Unb FGA,
Priscila Almeida Andrade - Curso de graduação em Saúde Coletiva/ UnB - campus Ceilândia e membro do COES de Saúde Mental da Dasu/DAC,
Laércia Abreu Vasconcelos - Departamento de Processos Psicológicos Básicos/ Instituto de Psicologia/ UnB - campus Darcy e membro do COES de Saúde Mental da Dasu/DAC,
Ana Valéria Machado Mendonça - Departamento de Saúde Coletiva/ Faculdade de Ciências da Saúde-campus Darcy e membro do Coes-UnB,
Cristineide Leandro França - psicóloga, coordenadora da Coordenação de Prevenção (Cooprev/Dasu/DAC) e membro do COES de Saúde Mental da Dasu/DAC, alunos de graduação e pós graduação.
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Público alvo
Análise do Contexto
Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma nota de Emergência em Saúde de Importância Internacional (ESPII), denomina-do SARS-CoV-2, causando a doença uma intitulada como COVID-19 (UNB, 2020).
Em situações de catástrofe, como uma epidemia em grande escala, podem ocorrer violações dos direitos humanos, comprometendo o acesso à saúde, educação, nutrição, recreação, proteção, direito a viver com a rede familiar e afetiva. A situação criada por uma epidemia afeta de modo coletivo as dimensões física, psíquica e social, mesmo que em diferentes dimensões (OPAS/OMS, sd).
Uma epidemia por se tratar de um problema grupal, como por exemplo a pandemia do Covid-19, deve ser abordada com ações coletivas de curto, médio e longo prazo . Estudos realizados em populações submetidas a uma ameaça que gera medo ou terror identificaram que mais de 80% das pessoas, em circunstâncias de proximidade ao perigo, como a contaminação por doença, a morte e perda de familiares, apresentam manifestações sintomáticas de medo ou pânico. As crises emocionais podem se estender após a contenção da epidemia, bem como os casos de transtornos psíquicos já diagnosticados podem se agravar, demandando uma rede de serviços bem estruturada para o acolhimento e atenção aos transtornos mentais decorrentes do episódio de uma epidemia, como por exemplo, estresse pós-traumático (OPAS/OMS, sd).
A Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS, sd) destaca que nos preparativos para uma epidemia aspectos tais como: o desenvolvimento de planos nacionais, a vigilância epidemiológica, os requerimentos de vacinas e medicamentos, a melhoria da cobertura de vacinação dos grupos de alto risco, bem como o impacto e o ônus econômico. Falta considerar na programação os aspectos psicológicos e sociais, implementando medidas de promoção à saúde, prevenção de enfermidades e terapêutica ao longo das distintas etapas do ciclo de uma epidemia.
A UnB precisará se organizar institucionalmente para lidar com a atenção à saúde mental da comunidade acadêmica nas seguintes fases da epidemia do Covid-19: preparação e alerta; contenção; transmissão sustentada; e a de recuperação. Particularmente, a última fase que corresponde à de recuperação, tem como finalidade promover reflexão sobre o que foi aprendido durante a epidemia e o delineamento de novas ações que possam ser realizadas em casos semelhantes (UNB, 2020).
Para o enfrentamento desse cenário, a UnB instituiu, internamente, um comitê que elaborou o Plano de Contingência em Saúde do Coronavírus para a Universidade de Brasília. Entre as várias frentes de ação, cabe à Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária, vinculada ao Decanato de Assuntos Comunitários, (DASU/DAC) planejar e estruturar uma rede de ações multiprofissionais e intersetoriais para prestar serviços de atenção à saúde mental à comunidade acadêmica da UnB e, como cooperação, incluir também o cuidado aos profissionais de saúde do HUB, nas diferentes fases da epidemia do Covid-19. A presente proposta visa a contribuir nessa organização de serviço.
É estratégico o desenvolvimento tecnologias capazes de sistematizar o registro das demandas e dos atendimentos prestados pelas equipe de atenção psicossocial da Dasu/DAC, nas fases de duração e pós epidemia. Isso permitirá a estruturação de uma base de dados para avaliação e monitoramento dos casos e delineamento de futuras estratégias para promoção à saúde, prevenção de transtornos psíquicos e acompanhamento terapêutico dos pacientes, com base em evidências.
Atualmente, os casos que solicitam atendimento psíquico decorrentes do isolamento social, denominado como quarentena, são demandados diretamente para um email institucional da Dasu. Como ações de busca ativa da Dasu, para mapeamento dos casos de transtornos psíquicos já decorrentes da quarentena, tem-se observado a circulação de formulários no google form que circulam nas redes sociais entre os estudantes. É estratégico haver uma sistematização institucional desses registros, a fim de aprimorar a notificação das demandas da comunidade acadêmica por serviços de atenção à saúde mental decorrentes do Covid-19; ampliar o conhecimento e divulgação entre os membros da comunidade no procedimento de registro de sua solicitação por atendimento; promover, por parte dos profissionais da Dasu, a sistematização dos casos atendidos e acompanhamento após o fenômeno da epidemia. A alimentação e gestão dessa plataforma tecnológica, no formato de prontuário eletrônico, ficaria sob a responsabilidade da Dasu/DAC, contendo uma base de dados para pesquisas futuras que podem fornecer insumos para delineamento de modelos de atenção que envolva uma abordagem multiprofissional e interprofissional de saúde mental, de alcance em larga escala, nos planos de ação pós epidemia.
Essa é uma iniciativa que envolve uma equipe multidisciplinar, com uma uma equipe multiprofissional relacionada à saúde mental dos distintas Unidades e campi: Dasu/DAC, Comitê Gestor do Plano de Contingência para enfrentamento da Covid-19 na UnB (COES-UnB) e sub-grupo o COES de Saúde Mental, Engenharia de Software (Gama), Saúde Coletiva (FCE e FS), Instituto de Psicologia - IP (Darcy). Além disso, envolverá docentes da UnB, servidora e estudantes.
Breve Fundamentação Teórica
A ocorrência de grande número de doentes, mortes e prejuízos econômicos decorrentes de uma epidemia ou pandemia gera alto risco psicossocial (OPAS, 2020; OMS, 2011). No Marco da Conferência Mundial para Redução de Riscos de Desastres 2015-2030, desastre envolve fenômenos complexos, multideterminados, os quais incluem seus aspectos técnicos e científicos, a vulnerabilidade da população e seus sistemas culturais (e.g., políticos, econômicos, educacionais, religiosos, de saúde e familiares).
Em situações de emergência, a área de saúde mental busca promover o bem-estar psicossocial, prevenir e tratar o transtorno mental. As diretrizes do Comitê Permanente Interagências (2007) indicam a necessidade de coordenação intersetorial, com diferentes profissões e áreas de atenção tais como alimentação, proteção, segurança, abrigo, abastecimento de água e saneamento. Bases para evidência dos programas utilizados são obtidas por monitoramento e avaliações periódicas, buscando por sistematização centralizada de respostas/intervenções, registro e análise de dados.
Objetivos e Metas
Criação e desenvolvimento de prontuário eletrônico institucional, no prazo de 1 ano, para registro, avaliação e monitoramento das demandas e atendimentos prestados pela UnB nos serviços de atenção à saúde mental decorrentes das fases de contenção.
Meta 1 - Disponibilizar uma plataforma de prontuário eletrônico web para a comunidade da Universidade de Brasília (Unb);
Meta 2 - Disponibilizar Dashboard de BI (Business Intelligence) para gestores com indicadores e métricas da saúde mental da comunidade, a partir dos dados inseridos na plataforma pelos psicólogos;
Meta 3 - Disponibilizar todo o processo de construção da plataforma, quanto código fonte, como open source, para que possa ser aderido por outras comunidades;
Meta 4 - Construção da plataforma deve prever o uso de grande escala (BIG data), para que possa ser reusada em contextos maiores (regionais, municipais e/ou nacionais)
Meta 5 - preferencialmente adotar uma solução open source já existente e evoluir para o contexto proposto. Esse trabalho de levantamento das possíveis soluções foi publicado anteriormente por um dos professores do projeto (https://preprints.jmir.org/preprint/18489).
Metodologia
A metodologia de desenvolvimento da plataforma será baseada em práticas ágeis, DevOps, entrega contínua e comunidades de software livre. Com uma equipe multidisciplinar, as funcionalidades (features) serão levantadas, priorizadas, implementadas, testadas e validadas de forma contínua. Haverá etapas de teste em uso com os usuários da plataforma (psicólogos e gestores da secretaria de saúde), de forma a melhorar a experiência do usuário e os dashboards de visualização que podem auxiliar gestores na tomada de decisão orientada a dados. Todo o processo de desenvolvimento quanto documentação técnica serão disponibilizado como open source. Tanto o processo de desenvolvimento quanto a documentação técnica serão centralizados em um repositório aberto e utilizarão também a licença MIT, desta forma estando totalmente disponíveis para potenciais contribuidores externos e permitindo o reuso da solução para outras aplicações.
Resultados Esperados
- Plataforma integrada desenvolvida para gestão online das solicitações da comunidade acadêmica e dos profissionais do HUB para atendimento à saúde mental.
- A plataforma pode ser oferecida como serviço, e será desenvolvida para garantir a escalabilidade da solução. Assim, poderá ser utilizada, do ponto de vista técnico, em escala municipal, quanto nacional
- Prontuário eletrônico elaborado para registro dos atendimentos da atenção à saúde mental prestados pela Dasu/DAC.
- Dashboard com os indicadores, métricas, dados agregados da plataforma para auxiliar na gestão orientado a dados. Isso permite a gestores públicos terem acesso às informações da plataforma em tempo real por meio de gráficos, listas, e informações relevantes em dashboards de BI e relatórios gerados automaticamente.
- Todo o sistema vai ser desenvolvido para garantir a interoperabilidade com outros plataformas. Isso permite a integração com outros sistemas já utilizados pelas secretarias de saúde, viabilizando a manutenção da solução e facilitando a troca de informação entre sistemas
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Sim
Valor da previsão de financiamento da unidade
A FCE/UnB investirá 100.000,00 Reais nesse edital, conforme divulgado pelo Sei: 23106.030453/2020-30. Comunicado nº 01/2020/FCE /CONT
Cronograma da Execução
Mês 1 ao Mês 3 - Disponibilização de um primeiro protótipo para ser validado por uma pequena comunidade. Levantamento de necessidades da comunicação junto à gestores de saúde, gestores governamentais, e profissionais da psicologia. A partir do roadmap do projeto, implementar o Mínimo Produto Viável (MVP) para ser colocado em ambiente de homologação e testado na comunidade universitária;
Mês 4 ao Mês 6 - Disponibilizar os indicadores e métricas temporal em tempo real sobre a saúde mental da comunidade reportada pelos psicólogos. Esses painéis de indicadores e métricas serão disponibilizados para os gestores, de forma a auxiliar na tomada de decisão orientada a dados. Identificar indicadores e métricas importantes na tomada de decisão, escolha dos tipos de visualizações. A plataforma estará disponível em ambiente de produção, disponível para uso. Nessa etapa, ocorrerá a melhoria, evolução e implementação de novas funcionalidades.
Mês 7 ao Mês 12 - Disponibilização a plataforma para uso juntamente com os dashboards de visualização. Tratar problemas ligados à hospedagem, escala horizontal/vertical, dashboards personalizados para gestão global. Evolução técnica e de conteúdo.
Tempo total de execução previsto
12
Categoria do Projeto
Aplicativos, plataformas e algoritmos | Comunicação, informação e educação