Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Aylana Laíssa Medeiros Borges
Matrícula UnB
1415907
Unidade acadêmica da UnB
aylana.borges@unb.br
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Os prestadores de serviços turísticos de Brasília no cenário da pandemia do Coronavírus (Covid-19)
Sumário Executivo da Proposta
Missão do Projeto
Contribuir com a produção de informações e dados sobre a repercussão do coronavírus nos empreendimentos e negócios turísticos do Distrito Federal, incentivando a elaboração de futuras políticas públicas para o setor que contemplem problemas sociais e econômicos, advindos de dificuldades emergências de saúde.
Descrição do Projeto
Projeto de pesquisa direcionado a estudar a situação dos prestadores de serviços turísticos em meio a pandemia do Coronavírus (Covid – 19).
Público-alvo
Prestadores de Serviços Turísticos do Distrito Federal (meios de hospedagem, agências de viagens, transportadoras turísticas, empresas organizadoras de eventos, empreendimentos/estabelecimentos de alimentos e bebidas).
Palavras-chave
Segurança Turística, COVID - 19, Prestadores de serviço
Número de Integrantes da Equipe
9
Nome dos Integrantes da UnB
Aylana Laíssa Medeiros Borges, Lívia Cristina Barros da Silva Wiesinieski, Kerlei Eniele Sonaglio, Rodrigo Cardoso da Silva
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/3524444718453141
Análise do Contexto
No dia 31 de dezembro de 2019 um novo agente do Coronavírus (Covid-19) foi descoberto na China. Trata-se de um vírus com capacidade de disseminação rápida e contagiosa capaz de causar infecções respiratórias graves. Até o dia 25 de março de 2020, na China, foram identificados 81.285 mil casos da doença, e 3.287 mil mortos (Rastreador do Corvid – 19 ).
Ressalta-se que o Covid-19 atinge de forma mais agressiva ou letal grupos específicos como idosos acima dos 60 anos, pessoas com doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, entre outros, com problemas respiratórios (Ministério da Saúde, 2020). Em razão de ser um vírus novo, ainda não dispõe de tratamento específico, e a recuperação dos infectados acontece de forma lenta e gradual, causando uma superlotação do sistema de saúde pública e privada.
No mundo, até o dia 25 de março de 2020 o vírus chegou a contaminar 529.614 mil pessoas pelo mundo inteiro, destes 23.714 mil foram de casos fatais (Rastreador do Corvid-19). Tendo em vista que o vírus é uma ameaça para uma parcela significativa da população mundial, os governos de cada país passaram a tomar medidas para diminuir a contaminação nos seus territórios e, assim, reduzir a mortalidade.
No Brasil, entre 18 e 27 de janeiro de 2020, a Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu a notificação de 10 casos para investigação de possível relação com a Infecção Humana pelo novo Coronavírus, entretanto todos os casos foram descartados (Boletim Epidemiológico 01, 2020).
O primeiro caso suspeito no Brasil foi notificado no dia 22 de janeiro de 2020 (Boletim Epidemiológico 03, 2020), mas foi em 26 de janeiro, em São Paulo, que o primeiro caso do Covid-19 foi confirmado no país, era um homem de 61 anos vindo de viagem da Itália (Governo do Brasil, 2020).
A partir desse momento planos de contingência passaram a ser elaborados na tentativa de lidar com a possibilidade de o vírus adentrar ao Brasil por diferentes pontos do país. Começa, então, os problemas em relação a diminuição das viagens, limitação na recepção de pessoas advindas de países específicos, isolamento social, fechamento de fronteiras, impedimentos sobre a oferta de serviços em geral, com exceção dos comércios alimentícios, farmácias e hospitais.
Nesse contexto, nos últimos 3 meses o mundo vem lidando com uma situação imprevista, dados os problemas causados pela pandemia. As medidas que vem surtindo efeitos para desafogar os sistemas de saúde público e privado são: isolamento social (medida preventiva para as pessoas que não estão doentes, e para não se tornarem vetores de disseminação); quarentena (recomendados para pessoas doentes, ou possivelmente infectada e sem sintomas); evitação de aglomerações de qualquer natureza. É importante destacar que as medidas impedem a livre circulação, e em razão disso a economia dos países vem sofrendo quedas abruptas.
A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) tem sido vista como um dos problemas de saúde pública mais graves dos últimos 100 anos. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o Coronavírus como uma pandemia no dia 11 de março de 2020, e no mesmo dia o Governador do Distrito Federal através do Decreto 40.509 tomou medidas de enfrentamento, a saber, fechando escolas, cancelando eventos e exigindo normas sanitárias e de atendimento aos comércios. Daí em diante as medidas foram se intensificando até o fechamento total do comércio, a diminuição da mobilidade e dos serviços não essenciais. Nesse ínterim, viu-se o turismo ser fortemente afetado por todas as medidas de prevenção ao Coronavírus.
Os efeitos da epidemia no setor global de turismo se aceleraram rapidamente. O medo por ser afetado pelo vírus, bem como as ações via legislação dos governos dos países em virtude da necessidade de isolamento entre as pessoas, impactou sem dúvidas o setor de viagens e turismo, deixando cidades turísticas sem circulação, ocasionando baixa taxa de acomodação em meios de hospedagem, cancelamento de voos, e a impossibilidade na realização de atividades de entretenimento.
O setor público e privado enfrenta, nesse momento, um cenário de instabilidade, imprevisão, especialmente, quando refere-se a continuidade de pagamento dos salários dos funcionários do setor do turismo.
Conforme a Lei Geral do Turismo nº 11.771, 17 de setembro de 2008, são considerados prestadores de serviços turísticos, as sociedades empresárias, sociedades simples, os empresários individuais e os serviços sociais autônomos que prestem serviços turísticos remunerados e que exerçam as seguintes atividades econômicas relacionadas à cadeia produtiva do turismo: I. Meios de Hospedagem; II. Agências de Turismo; III. Transportadoras Turísticas; IV. Organizadoras de Eventos; V. Parques Temáticos; VI. Acampamentos Turísticos. Além desses, destaca-se também os restaurantes, cafeterias, bares e similares.
Diante desse cenário, a pergunta problema dessa proposta de estudo é: Quais as repercussões do coronavírus no setor de turismo do Distrito Federal? Quais das atividades relacionadas ao turismo mais tem sofrido com a pandemia? Quais as estratégias para amenizar e conviver com o vírus? Como a política pública de segurança turística poderia colaborar frente a um cenário desta natureza?
Breve Fundamentação Teórica
Para o entendimento do turismo, destaca-se a necessária compreensão técnico-científica deste fenômeno interdisciplinar capaz de alterar realidades, assim como passível de sofrer implicações e baixa de fluxos em decorrência de problemas sociais urbanos em diferentes aspectos.
Existe a pertinência na realização de estudos que envolvam a sociedade nos aspectos econômicos, políticos, culturais, sociais, ambientais na busca de resolução de problemas causados pelas viagens (PANOSSO NETTO, 2010). O contrário também é uma realidade, ou seja, o estudo de fatores externos que inviabilizam a continuidade da oferta turística em uma cidade, estado ou país precisa ser avaliado e discutido.
Considerando o cenário mundial atual, em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19), os prestadores de serviços turísticos vêm apresentando uma queda sem precedentes das suas receitas. Órgãos e entidades discutem meditas que devem ser adotadas de forma imediata para evitar uma demissão em massa e um caos social no setor (Ministério do Turismo, 2020).
Objetivos e Metas
Objetivo Geral
Analisar as dificuldades, estratégias e ações dos prestadores de serviços turísticos (hospedagem, agência de viagem, transporte e empresas organizadoras de eventos) do Distrito Federal - DF, considerando o cenário da pandemia do Coronavírus.
Objetivos Específicos
a) Levantar todos prestadores de serviços turísticos do DF vinculados ao CADASTUR;
b) Apresentar o cenário dos prestadores de serviços turísticos do DF diante da paralisação dos negócios turísticos;
c) Investigar as principais dificuldades e ações propostas pelas empresas prestadoras de serviços turísticos, adotadas devido a pandemia do coronavírus;
d) Instigar a proposição de políticas públicas de turismo que contemplem medidas preventivas para segurança turística considerando o proprietário do empreendimento, o funcionário, e o turista.
Metodologia
Para a construção de referencial teórico e metodológico, deste projeto de pesquisa e extensão, será feita uma pesquisa bibliográfica acerca dos temas segurança turística, segurança pública, emergências de saúde pública e impactos econômicos, sociais, ambientais e políticos no turismo. Além disso, serão utilizadas as bases de dados publicações em turismo, SPELL, Scielo, dentre outras.
A identificação dos empreendimentos turísticos no Distrito Federal se dará por meio do Sistema de Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas que atuam no setor de Turismo (Cadastur), instituído pela lei 11.771 de 2008. O Cadastur é uma base de dados gerida pelo MTur.
Resultados Esperados
Com esta pesquisa, espera-se compreender a situação dos prestadores de serviços turísticos de Brasília em relação a pandemia do coravírus, evento inesperado e causador de inúmeros problemas sociais à nível global; elaborar diagnósticos situacionais, a partir dos principais estabelecimentos/empreendimentos da cadeia produtiva do turismo, para proposição de novas propostas de pesquisa focadas em (planos de) contingências que irão colaborar para um melhor posicionamento e andamento deste setor em situações como a atual; dispor de material técnico-científico capaz de auxiliar no processo de reflexão e elaboração de novas políticas públicas de turismo voltadas para a segurança turística.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
MÊS 1 – Levantamento Bibliográfico
MÊS 2 – Levantamento Bibliográfico e documental
MÊS 3 – Levantamento documental, construção de instrumento de coleta de dados
MÊS 4 – Descrição e categorização dos empreendimentos turísticos do Distrito Federal
MÊS 5 – Descrição e categorização dos empreendimentos turísticos do Distrito Federal
MÊS 6- Sistematização
MÊS 7 – Sistematização
MÊS 8 – Análise dos dados, Elaboração de artigo científico
MÊS 9 – Elaboração de artigo científico e de relatório final
Tempo total de execução previsto
9