Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Liza Maria Souza de Andrade
Matrícula UnB
1049186
Unidade acadêmica da UnB
lizamsa@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Ocupações informais e Direito à água e Saneamento: mapeamento, dimensionamento e diretrizes para o suprimento hídrico emergencial
Sumário Executivo da Proposta
Esta pesquisa trata da relação entre as Ocupações Informais do DF e o Direito à Água e ao Saneamento que tem como objetivo gerar estudos e mapas sobre o território do Distrito Federal para alertar quanto a necessidade de expandir o abastecimento de água e saneamento para as áreas não atendidas das favelas e periferias, considerando que a exigibilidade do direito à água e ao saneamento para o enfrentamento da COVID-19 é fundamental e imprescindível para a efetividade das ações de saúde pública. Procura atender a medida 5 da Carta Aberta do ONDAS à sociedade brasileira “ONDAS e a epidemia da COVID-19 do dia 28 de março de 2020 na qual demanda do poder público, incluindo reguladores e prestadores de serviços públicos de saneamento básico, a implementação de 10 medidas emergenciais e estratégicas relativas ao saneamento e acesso à água para reduzir os impactos da crise nos segmentos mais pobres e vulneráveis. No Distrito Federal atualmente há 464 ocupações informais que não estão no mapa do PDOT de 2009 como ARIS ou ARINES. Um mapa com essas novas áreas foram apresentadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação - SEDUH no II Fórum do Núcleo DF Metropolitano do Projeto Brasil Cidades na Semana Universitária 2019 da FAU/UnB. O decreto nº 40.254, de 11 de novembro de 2019 dispõe sobre procedimentos aplicáveis aos processos de Regularização Fundiária Urbana - Reurb no Distrito Federal nos termos da Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017. No Art. 2º apresenta como um dos objetivos da Reurb, “identificar os núcleos urbanos informais que devam ser regularizados, organizá-los e assegurar a prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de modo a melhorar as condições urbanísticas e ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior”. A Assembleia Geral da ONU declarou em 2010 que o acesso à água limpa e segura e ao saneamento básico são direitos humanos fundamentais. Nessa abordagem, a pesquisa busca aproximar a saúde das agendas política e social das cidades e construir um forte movimento para a saúde pública em nível local baseada nos princípios da Carta de Otawa para Cidades Saudáveis e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável pelo ODS 11 (Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis) e também pelo ODS 6 (Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos), promovendo a mobilização social e sua interface com iniciativas de prevenção, sob a ótica da saúde ecossistêmica que inclui os parâmetros de meio ambiente, saúde, governança e economia. Serão utilizado dados da SEDUH, da Caesb e do PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico 2019, entre outros, como referências para dimensionamentos da demanda hídrica. Processar os Shapes e Rasters no software livre e gratuito QGis3.10.4, para gerar diversos mapas temáticos necessários. Espera-se como produtos gerar mapas georeferenciados temáticos e diretrizes emergenciais para as ocupações informais terem acesso à água e saneamento junto aos parceiros deste projeto: técnicos da CAESB, SINDÁGUA-DF, SEDUH, FIOCRUZ, CODEPLAN, DEFENSORIA PÚBLICA DO DF, BrCidades Núcleo DF, FAMA-DF. Esta pesquisa se dará no âmbito dos Grupos de Pesquisa e Extensão da FAU/UnB “Água e Ambiente Construído” (PEAC Brasília Sensível à Água) e Periférico, trabalhos emergentes” (PEAC/Periférico).
Palavras-chave
Saúde Pública, Saneamento Básico, COVID-19, Ocupações Informais
Número de Integrantes da Equipe
11
Nome dos Integrantes da UnB
André Luís De Faria Dantas (041.186.371-11)(Defensoria Pública), Cecília de Faria Sampaio (000.746.551-32)(FAMA/Codeplan), Gustavo Belisario d'Araújo Couto (020.616.451-35)(Frente parlamentar em Defesa da Água da Câmara Legislativa do Distrito Federal), Jefferson Oliveira Motta Leite (277.851.062-15)(Caesb), Juliette Anna Fanny Lenoir (708.373.991-90)(PPGFAU-UnB/ IAB-DF), Liza Maria Souza de Andrade (685.248.466-15)(PPGFAU-UnB/BrCidades), Ricardo Toledo Neder (059.602.821-00)(FUP-UnB), Rodrigo Duzsinski (002.411.450-23)(Núcleo de direitos humanos da Defensoria do Pública do DF), Valmor Cerqueira Pazos Filho (055.619.931-60)(Graduação em Saúde Coletiva/FCE- UnB), Vinícius Silva Rezende (037.691.591-95)(PPGFAU-UnB), Wagner de Jesus Martins (631.600.057-04)(Fiocruz).
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Grupo de Pesquisa Água e Ambiente Construído/ Grupo de Pesquisa Periféricos
Público alvo
Análise do Contexto
No Brasil, somente 46% do esgoto é tratado e 44% da população não tem coleta do esgoto (Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB 2019). Ademais, o fato de que 15% da população não tem água encanada em casa (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS 2018) e 5,8% da população vive em superlotação (PNAD-IBGE) dificultam a execução das orientações de higiene básica.
No Distrito Federal, o PDOT de 2009 prevê ARIS e ARINE nas áreas em que gradualmente vêm sendo implementadas infraestruturas básicas. O decreto nº 40.254/19 dispõe sobre procedimentos aplicáveis aos processos de Regularização Fundiária Urbana - Reurb - nos termos da Lei Federal nº 13.465/17, e determina, em seu art. 2º, como um dos objetivos, “identificar os núcleos urbanos informais que devam ser regularizados, organizá-los e assegurar a prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de modo a melhorar as condições urbanísticas e ambientais”. No entanto, a SEDUH contabiliza em 2019, no Distrito Federal, 464 ocupações informais em áreas rural e urbana. A maioria destas ocupações não tem acesso a saneamento básico, portanto, não dispõem de mecanismos básicos de defesa contra a pandemia Covid-19.
Breve Fundamentação Teórica
A Assembleia Geral da ONU declarou em 2010 que o acesso à água limpa e segura e ao saneamento básico são direitos humanos fundamentais. Nessa abordagem, a pesquisa busca aproximar a saúde das agendas política e social das cidades e construir um forte movimento para a saúde pública em nível local baseada nos princípios da Carta de Otawa para Cidades Saudáveis e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável pelo ODS 11 (Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis) e também pelo ODS 6 (Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos), promovendo a mobilização social e sua interface com iniciativas de prevenção, sob a ótica da saúde ecossistêmica que inclui os parâmetros de meio ambiente, saúde, governança e economia.
Objetivos e Metas
Promover a defesa da saúde pública do Distrito Federal buscando fomentar, através de estudos técnicos, o suprimento hídrico de forma regular, em quantidade suficiente e com qualidade adequada a populações de ocupações informais que não possuem acesso à água.
Metas:
• Gerar mapas temáticos que indiquem: Áreas sem acesso à água; Ocupações informais fora das ARIS e ARINES que não possuem acesso à água; Esquemas e divisões técnicas para suprimento hídrico
• Dimensionar a demanda hídrica para suprimento da população de ocupações informais, que não possuem acesso à água.
• Propor diretrizes para promover o suprimento hídrico em caráter emergencial.
• Fomentar a implementação de saneamento básico adequado a essas áreas.
Metodologia
Adquirir informações geoespaciais junto à Caesb e a SEDUH, para gerar diversos mapas temáticos no software livre e gratuito QGis. Utilizar dados da PNAD, do Censo (IBGE), do PLANSAB 2019, da Caesb e da SEDUH, entre outros, como referências para dimensionamento da demanda hídrica segundo o método de (Marcos Von Sperling, Sílvia M. A. C. Oliveira, Matthew E. Verbyla, 2020). Categorizar as tipologias de ocupação informal como está sendo feito pelo grupo de pesquisa Periféricos (FAU-UnB). Articular equipe e informações relevantes entre os órgãos Caesb, Fiocruz, SEDUH, Codeplan, BrCidades, Defensoria Pública, FAMA, IAB e ONDAS.
Resultados Esperados
Gerar mapas temáticos, dados técnicos e diretrizes, para viabilizar o suprimento hídrico emergencial à ocupações informais.
Produtos:
-Mapas de: Áreas sem acesso à água no Distrito Federal; Ocupações informais fora das ARIS e ARINES; Áreas de ocupações informais que não possuem acesso à água; Esquemas e divisões técnicas para suprimento hídrico
-Categorização das tipologias de ocupação informal existentes no DF
-Valores de demanda hídrica necessária para o suprimento hídrico emergencial
-Diretrizes para o suprimento hídrico emergencial
-Articulação técnica para efetivação da proposta entre representantes dos órgãos: Caesb, Fiocruz, SEDUH, Codeplan, BrCidades, Defensoria Pública, FAMA, IAB e ONDAS.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Arquitetura e Urbanismo | Engenharia Sanitária | Geociências | Planejamento Urbano e Regional | Saúde Coletiva
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
abril e maio: gerar os mapas
junho: dimensionar a demanda hídrica
julho: propor diretrizes para promover o suprimento hídrico em caráter emergencial
Durante todo o período articulação técnica e informacional entre os órgãos associados à pesquisa.
Tempo total de execução previsto
4