Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
JONAS LOTUFO BRANT DE CARVALHO
Matrícula UnB
1096567
Unidade acadêmica da UnB
jonasbrant@unb.br
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Guardiões da Saúde - COVID-19 – Vigilância Participativa como estratégia de apoio à resposta ante a emergência de saúde pública
Sumário Executivo da Proposta
O Aplicativo Guardiões da Saúde COVID-19 busca implementar a estratégia de vigilância participativa, começando por sua implementação na Universidade de Brasília, que hoje possui mais de 60 mil pessoas entre alunos, funcionários e frequentadores de seus espaços como a Biblioteca Central. Esse projeto visa monitorar casos suspeitos de COVID-19 considerados em estágio leve da doença, e por isso não diagnosticados laboratorialmente e consequentemente não notificados ao sistema de saúde. Acredita-se que o impacto do COVID-19 no país é maior do que os números apresentados como confirmados, e por isso, retomar a estratégia elaborada pelo Ministério da Saúde e executa em 2016 em parceria com a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo – ProEpi pode ser a estratégia e engajamento comunitário enfatizado pela Organização Mundial de Saúde como a ferramenta mais efetiva para se barrar um surto, uma vez que os surtos começam na comunidade. Em uma época de constante informação e diferentes mensagens por diferentes meios de comunicação, a população mundial mais tecnológica tem se sentido perdida quanto à confiabilidade e veracidade das informações. Dessa maneira, além de servir como uma ferramenta de apoio ao monitoramento para gestores e indivíduos em seus bairros, também servirá como ferramenta de direcionamento e confiabilidade para a comunicação em saúde.
Palavras-chave
vigilância participativa, COVID-19, saúde, guardiões
Número de Integrantes da Equipe
11
Nome dos Integrantes da UnB
Ligia Cantarino,Wldo Navegantes, Jonas Lotufo Brant de Carvalho, Sara Ferraz, Marcela Santos, José Iturri, Mauricio Maciel, Sarah Mendes, Vinicius Porto, João Gabriel, Carla Rocha
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Laboratório Ceteias - Faculdade de Ciências da Saúde - http://fs.unb.br/sobre-centeias
Público alvo
Análise do Contexto
A Vigilância em Saúde se relaciona às práticas de atenção voltadas para o monitoramento e controle de agravos de importância em saúde pública, seja por meio de notificação ou busca ativa de casos (BRASIL, 2017). Nesse sentido, a população se torna um participante passivo nesse processo e majoritariamente, nesse intervalo entre o adoecimento e a identificação do caso, pode gerar um potencial risco para saúde pública. Como maneira de contribuir para o benefício da Vigilância em Saúde (WALDMAN, 1998).
As metodologias utilizadas pela vigilância têm sofrido alterações ao longo dos tempos (LEAL-NETO et al., 2015). Principalmente na área de investigação de surtos e acompanhamento de tendências para doenças infecciosas, objetivando a identificação precoce de surtos. Muitas dessas metodologias têm a participação de usuários do sistema como produtor dessas informações, a esse processo denomina-se Vigilância Participativa (BRABHAM, 2008).
A Vigilância Participativa possibilita o envolvimento da população no processo de Vigilância em Saúde, por meio de participações voluntárias, potencializando o fortalecimento da participação social (comunidade colaborativa) (WALDMAN, 1998). Nesse sentido, a população exerce um papel ativo no processo de vigilância e possibilita a identificação de alterações no padrão epidemiológico das doenças, se tornando um canal complementar de informações de saúde.
O aplicativo Guardiões da Saúde é uma aplicação para dispositivos móveis gratuita e tem como intuito fortalecer a vigilância em saúde, por meio da estratégia da vigilância participativa. A partir de participações voluntárias dos usuários é possível identificar alterações no padrão epidemiológico das doenças em um determinado local. Assim a população passa de agente passivo no processo de vigilância para agente ativo, reforçando a importância da participação social. Além de promover a adaptação no âmbito da saúde em moldar-se conforme a necessidade pública de saúde, no que se refere ao aprimoramento da vigilância por meio da detecção digital de doenças.
O aplicativo é uma proposta desenvolvida no ano de 2007, onde o Ministério da Saúde realizou o monitoramento do seu primeiro evento de massa e iniciou, com eventos importantes e com maior fluxo de estrangeiros entrando e saindo do país foram, respectivamente, a Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olímpiadas em 2016, que juntos superaram mais de 4 milhões de espectadores (WÓJCIK et al., 2014).
Na Copa do Mundo FIFA 2014, entre o período de maio a julho foram contabilizados 9.418 downloads do aplicativo, 7.275 cadastros de usuários, 4.672 usuários ativos. Houve 44.029 participações dos 4.672 usuários ativos informando sua condição de saúde.
Em 2015 o aprimoramento do desenvolvimento tecnológico do aplicativo foi realizado por meio da startup Epitrack, sediada em Recife/Pernambuco e a demonstração do aplicativo no evento Epicrowd (LEAL-NETO et al., 2015).
Em 2016, o aplicativo foi utilizado novamente nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio de Janeiro (Brasil) em parceria entre Skoll Global Threats Fund (SGTF), Ministério da Saúde do Brasil, start-up Epitrack e a A Associação de Profissionais de Epidemiologia de Campo - ProEpi. Além disso, em 2017 a ProEpi teve oportunidade de participar da 15ª Edição da Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi) em Brasília (Brasil) para demonstração e promoção do aplicativo.
Em 2017, o aplicativo recebeu uma nova versão para a Colômbia, em especial, para apoio da vigilância durante a visita do papa. Resultado de um trabalho entre parceiros: A Associação de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi) e a Universidade de Brasília, por intermédio do Instituto Nacional de Saúde da Colômbia. O aplicativo recebeu mais de 1 mil downloads.
A aplicação está voltada para o informe do estado de saúde do usuário e de seu parentes, gerando assim um diário da saúde de cada indivíduo, apresentando formas de prevenir doenças e ajudar na localização de instituições de saúde e farmácias
Breve Fundamentação Teórica
A pandemia do COVID-19 emerge como um grande problema para saúde pública por sua alta capacidade de transmissão, gerando uma dificuldade para o seu monitoramento e controle. A orientação do Ministério da Saúde após atingir a fase de transmissão sustentada é de que apenas casos graves e em população de risco devem realizar exames diagnósticos e, portanto, apresentar confirmação laboratorial. Dessa forma, casos leves que representam a maioria dos casos, não estão sendo computados e considerados nas análises.
Entender como o vírus tem se comportado nas comunidades é essencial para o controle. Para isso, precisamos detectar e monitorar casos leves, orientados a não procurar o sistema de saúde e, portanto, não notificados.
O aplicativo teria como principal função a auto notificação, permitindo conhecer o comportamento da doença e direcionando medidas de controle mais efetivas, que sinalizará regiões que necessitem maior atenção, além de atuar como canal de comunicação em saúde.
Objetivos e Metas
OBJETIVOS
Trata-se de projeto de inovação e extensão que buscará trazer resposta oportuna para a situação causada pelo COVID-19, em que os principais objetivos são:
Implementar estratégia de vigilância participativa para se obter informação sobre a situação de saúde da população em meio à emergência de importância de saúde pública internacional declarada no Brasil e no mundo
Estratégia de detecção de síndromes pela comunidade.
Implementar painel visual de monitoramento para instituições como a Unb, Distrito Federal e posteriormente, para municípios de todo o país.
METAS
Atualizar o aplicativo para uso massivo entre alunos, professores e funcionários da Universidade de Brasília para monitoramento da situação de saúde e envio de orientações direcionadas ao público.
Realização de fase piloto entre os membros da UnB
Posterior lançamento para uso em estados e municípios do país utilizando a mesma estratégia.
Criação de painel visual com dados específicos dos grupos de interesse, como instituições, secretarias de saúde estaduais e municipais.
Metodologia
O projeto será dividido em três etapas: Na fase inicial, o foco será membros e frequentadores da UnB. Segunda fase, população do Distrito Federal. Terceira fase, demais estados do Brasil.
Qualquer indivíduo poderá baixar o aplicativo e iniciar o processo de monitoramento individual da sua saúde, de seus familiares e acompanhar o andamento da situação em seu bairro.
O aplicativo terá como foco casos suspeitos e a comunicação em saúde direcionada para a população e profissional de saúde.
O painel visual será desenvolvido para monitoramento, buscando direcionar de maneira efetiva as medidas de saúde pública e orientações baseadas em necessidades identificadas.
Resultados Esperados
Base de dados de notificação de casos leves suspeitos de infecção por COVID-19
Impacto na contenção da disseminação por meio das orientações enviadas pelo aplicativo
Impacto na orientação de profissionais de saúde para acesso a informações confiáveis, oficiais e reunidas em uma central
Impacto na tomada de decisão sobre medidas de saúde pública a ser tomada pelos gestores baseada em evidências
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
Elaborar versão do app para registro de matrículas de alunos da UnB - 1º mês
incluir variáveis de estados e municípios - 1º mês
Correção de bugs - 1º mês
Criação de conteúdo para COVID-19- 1ºmês
Lançamento de versão teste 1- 1º mês
Elaboração de dashboard- 2º mês
documentação de processos, códigos e fluxos de trabalho -2 º mês
ajustes e monitoramento - 3º ao 12 º mês
Realizar oficina com especialistas e alunos para correções - 6º mês
monitoramento dos dados - 1º ao 12º mês
inserção de correções de informações- 2º ao 12º mês
atualizações de conteúdo e materiais para o profissional de saúde -1º ao 12º mês
elaboração de estratégia de comunicação -1º ao 3º mês
aplicação da estratégia de comunicação- 2ºao 11ºmês
Adaptação das medidas de saúde pública de acordo com achados -3º ao 12º mês
Lançamento versão corrigida e definitiva - 7º mês
Monitoramento da nova versão -7º mês
Elaboração de relatório parcial -3º, 6º e 9º mês
Elaboração de relatório final - 10 º ao 12º mês
Elaboração de artigo sobre resultados - 7º ao 12 mês
Tempo total de execução previsto
12
Categoria do Projeto
Aplicativos, plataformas e algoritmos | Estudo e monitoramento epidemiológico