Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Ricardo Titze-de-Almeida
Matrícula UnB
152285
Unidade acadêmica da UnB
ricardotitze.unb@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
FORTALECIMENTO DA INFRAESTRUTURA LABORATORIAL PARA TESTAGEM DE COVID-19 E PESQUISA CIENTÍFICA
Sumário Executivo da Proposta
Propomos ações articuladas para combate ao COVID-19 na fase de crescimento rápido da curva epidêmica e no seu período subsequente para mitigar as consequências da epidemia, denominadas de FASE 1 – Fortalecimento do LACEN-DF e FASE 2 – Pesquisa Científica sobre COVID-19, respectivamente. O foco da primeira fase é melhorar a infraestrutura laboratorial do LACEN-DF para exames de qPCR para COVID-19, aumentando de 300 para 1.500 testes diários, mediante aquisição de 3 equipamentos de PCR em tempo real e três extratores de RNA automatizados. Haverá ainda área adicional externa ao LACEN-DF para segurança operacional, no Hospital das Forças Armadas (HFA), dotada também de um PCR em tempo real e de um extrator automatizado, com foco prioritário nos exames de militares e pacientes ali hospitalizados. Superada esta fase de alta demanda laboratorial, esta mesma infraestrutura será destinada a pesquisas científicas sobre as consequências do COVID-19 em doenças de interesse, a Fase 2 – Pesquisa Científica. Essa proposta estrutura-se em dois braços experimentais. Primeiro, o que tem foco na perda de olfato e paladar comumente manifestada por indivíduos positivos para COVID-19, e que investigará se: (i) esta alteração sensorial é biomarcador acurado de COVID-19; (ii) se a infecção deixará sequelas nos pacientes acometidos e; (iii) se a infeção é acompanhada de outras comorbidades. No segundo braço experimental, investigaremos se pacientes com câncer de mama positivos para COVID-19 apresentam desfechos clínicos distintos e alterações em biomarcadores moleculares de resposta terapêutica e de agressividade tumoral.
Quanto ao braço experimental 1, será conduzida uma avaliação epidemiológica de auto-relato de comorbidades e sintomas na pandemia de COVID-19 no Distrito Federal, em curso desde março de 2020, e que desafia o sistema de saúde e a economia, devido à sua alta contagiosidade. Os impactos de morbimortalidade em populações de risco ainda são baseados em estimativas provenientes dos primeiros países afetados, e de difícil previsão. Desta forma, esta pesquisa irá descrever características sintomáticas do COVID-19 e o perfil de comorbidades dos indivíduos afetados no Distrito Federal, a partir de inquérito a pacientes diagnosticados por método molecular. Trata-se de um estudo caso-controle longitudinal, em que será aplicado questionário eletrônico aos pacientes com teste RT-PCR (por swab nasofaríngeo) positivo para COVID-19 a partir de lista de notificações e seus contatos fornecida pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e LACEN-DF. Os pacientes fornecerão informações anônimas a respeito de sintomas que estiveram presentes, data de ocorrência de cada sintoma, comorbidades diagnosticadas, por meio de questionário elaborado em plataforma eletrônica já disponível (https://pt.surveymonkey.com/r/S93QPK3), e enviado por mensagem eletrônica. Os pacientes diagnosticados como ‘oligo ou assintomáticos’ poderão ser avaliados clinicamente e com teste de olfato 6 (seis) meses após a ‘cura virológica’. Os pacientes diagnosticados como ‘sintomáticos’ passarão pela mesma avaliação. Os dados dos sintomas serão analisados por meio de análise de cluster, método de inteligência artificial não supervisionado que realiza agrupamentos automáticos de dados segundo o seu grau de semelhança. Caso seja devidamente validado, este biomarcador será útil nas ações epidemiológicas de controle do COVID-19 particularmente em indivíduos assintomáticos ou oligossintomáticos. O conjunto de ações desta equipe de pesquisadores de diferentes instituições irá impactar diretamente no combate ao COVID-19 durante a fase das denominadas ‘espirais ascendentes’ de casos epidêmicos e no momento seguinte, onde se buscará conhecer melhor as consequências desta doença nova no Brasil e oferecer orientação médica aos indivíduos acometidos para mitigar sequelas da infecção viral.
Neste ponto descreve-se o Braço experimental 2. A pandemia observada atualmente secundária à infecção pelo COVID-19 trouxe novos desafios na avaliação do paciente oncológico. Ao sair do isolamento social preconizado pela Organização Mundial de Saúde para realizar o tratamento, o paciente pode se expor à infecção pelo COVID-19. Por outro lado, em alguns cenários, a decisão de protelar o tratamento oncológico pode implicar em mudança de prognóstico. Várias entidades médicas têm publicado orientações de como proceder nesse momento, como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) (https://www.sboc.org.br/, https://www.sbmastologia.com.br/, https://cbc.org.br/). Essas orientações encontram respaldo apenas em opinião de especialistas e no bom senso, pois não há estudos demonstrando tanto o risco de infecção do paciente oncológico como o impacto no desfecho clínico do paciente. Pacientes oncológicos em tratamento são considerados pacientes vulneráveis para infecção pelo COVID-19. A taxa de mortalidade em pacientes portadores de câncer é o dobro da média populacional [17]. Isso pode acontecer tanto por conta do tratamento citotóxico como pelo fato de pacientes oncológicos apresentarem uma idade mediana acima de 50 anos, outro conhecido fator para o desfecho desfavorável em pacientes com infecção pelo COVID-19. O desenvolvimento de imunidade tardia, com formação de anticorpos IgG contra o vírus causador da atual pandemia, talvez venha a ser o principal fator de controle em longo prazo da atual situação [18].
Estudo conduzido na China comprova que a soroconversão dos infectados foi de 93,8%. Os níveis de anticorpos aumentaram rapidamente desde do sexto dia pós-exposição (DPO) e acompanharam o declínio da carga viral. Nesse estudo foram coletados soros seriais de pacientes com COVID-19 e detectados anticorpos totais (Ab), IgM e IgG contra SARS-CoV-2. A dinâmica do anticorpo durante a infecção foi descrita. A taxa de soroconversão para Ab, IgM e IgG em pacientes com COVID-19 foi de 98,8% (79/80), 93,8% (75/80) e 93,8% (75/80), respectivamente. O primeiro marcador de sorologia detectável é o anticorpo total e seguido por IgM e IgG, com um tempo médio de soroconversão de 15, 18 e 20 dias após a exposição (DPO) ou 9, 10 e 12 dias após o início, separadamente. Os níveis de anticorpos aumentaram rapidamente desde 6 DPO e acompanharam o declínio da carga viral. Para os pacientes no estágio inicial da doença (0-7 DPO), o Ab mostrou a maior sensibilidade (64,1%) em comparação com a IgM e a IgG (33,3% para ambos, p <0,001). As sensibilidades de detecção de Ab, IgM e IgG aumentaram para 100%, 96,7% e 93,3% duas semanas depois, respectivamente. A resposta aguda típica de anticorpos é induzida durante a infecção por SARS-CoV-2. O teste sorológico fornece complementação importante ao teste de RNA para diagnóstico específico patogênico e informações úteis para avaliar o status de imunidade adaptado do paciente. (https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.03.23.20041707v1). Não existem, porém, estudos demonstrando a curva de soroconversão em pacientes com câncer em tratamento, assim como não há estudos da presença de anticorpos na população oncológica assintomática e se essa soroconversão pode ter alguma influência dos genes marcadores de defeito de sistema de reparo por recombinação homóloga (BRCAness / DNA damage immune response - DDIR) no tumor ou se há algum influência do infiltrado linfocitário no estroma tumoral (tumor-infiltrating lymphocytes – sTILs).
Tipo da Proposta
Palavras-chave
COVID-19, PCR, diagnóstico, epidemiologia
Número de Integrantes da Equipe
24
Nome dos Integrantes da UnB
Profa. Dra. HELENA ERI SHIMIZU, UnB (PQ-2), Profa. Dra. KELLY GRACE MAGALHÃES, UnB (PQ-2), Prof. Dr. JOSÉ RAIMUNDO CORRÊA, UnB (PQ-2), Prof. Dr. LUIZ ANTONIO SOARES ROMEIRO, UnB (DT-2), Profa. Dra. LIDIA MARIA PEPE DE MORAES, UnB (DT-2), Profa. Dra. ANGÉLICA AMORIM AMATO, UnB (PQ-2), Prof. Dr. FELIPE SALDANHA DE ARAÚJO, UnB (PQ-2), Profa. Dra. MARIA SUELI SOARES FELIPE, UCB (PQ-1A), Prof. Dr. PAULO CESAR DE MORAIS, UCB (PQ-1A), Profa. Dra. SÔNIA NAIR BÁO, UnB (PQ-1A), Profa. Dra. ANAMÉLIA L. BOCA, UnB (PQ-1C), Prof. Dr. NONATO DELGADO, UnB / Unidade do Sono de Brasília, Profa. Dra. DORALINA DO AMARAL RABELLO RAMOS, UnB, Prof. Dr. DIÊGO MADUREIRA DE OLIVEIRA, UnB, Profa. Dra. ANDRÉA BARRETTO MOTOYAMA, UnB, Profa. Dra. ÂNGELA PATRÍCIA SANTANA, UnB, Prof. Dr. WILDO NAVEGANTES DE ARAÚJO, UnB (membro do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde do COVID-19, COES-UnB), Profa. Dra. ROSÂNGELA ANDRADE, UCB, Dr. PEDRO RENATO DE PAULA BRANDÃO, HUB, Hospital Sírio Libanês, Câmara dos Deputados, Dra. ANDREZZA DE PAULA BRITO, Instituto de Psiquiatria de Brasília, Dr GERALDO JOSÉ RODRIGUES – Médico – Brigadeiro – Diretor Técnico de Ensino e Pesquisa do Hospital das Forças Armadas (HFA), Dra. ADRIANA PINHEIRO RIBEIRO - MSc Médica Veterinária - Major - Chefe da Divisão de Pesquisa da Diretoria Técnica de Ensino e Pesquisa do HFA, Dr. JOÃO NUNES DE MATOS NETO, Centro de Câncer de Brasília, HUB, MARIA APARECIDA A. L. SANTOS, IGESDF
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/3877254681364448, http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/5933421119277338
Público alvo
Análise do Contexto
A COVID-19 (Coronavirus Disease) é uma síndrome respiratória aguda grave causada por um novo vírus SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2) [19]. O primeiro caso em humanos foi confirmado na China em dezembro de 2019 [20]. No dia 11 de março de 2020, COVID-19 foi caracterizado como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde por ter se espalhado rapidamente por várias regiões do mundo de maneira simultânea [21]. Desde o primeiro contágio, esse vírus já se espalhou para 202 países, áreas ou territórios com um total de casos confirmados acumulados de 571.678 e 26.495 mortes [22]. Até o final deste ano, estima-se que 53% a 93% da população mundial será infectada, dependendo se ações mitigadoras forem adotadas ou não [23]. No Brasil, já foram confirmadas 3.417 pessoas infectadas por SARS-CoV-2 resultando em 92 mortes. Até o momento, não existe vacina ou medicamento aprovados para este vírus [24].
Estima-se um aumento rápido no número de casos no Distrito Federal durante os meses de Abril e Maio do corrente, e que irá sobrecarregar a atenção médica aos casos graves que dependerão de leitos de UTIs com respiradores [25,26]. Até o dia de 29 de março, O GDF registrou 283 casos, com 120 pacientes recuperados, 8 em estado grave, e uma morte. A curva epidêmica dos casos brasileiros encontra-se em espiral ascendente.
Pela indisponibilidade dos dados sobre casos suspeitos, o impacto das medidas de isolamento social sobre os casos de COVID-19 não pode ser estimado. Assim, os números projetados por professores da UnB seriam possivelmente superestimados, havendo certa margem de segurança quanto à demanda de exames. Estima-se um total de 350.000 casos sintomáticos, ou seja, 14% da população do DF, que é 2.500.000. Considerando-se uma fatalidade de 2%, teríamos 7.000 óbitos em 156 dias. Estimando-se que óbitos ocorram em 50% dos casos graves, teríamos uma demanda total de 14.000 exames para pacientes, sem considerar os profissionais de saúde infectados. A curva epidêmica na fase ascendente iria alcançar na segunda quinzena de maio, aos 78 dias – dia de pico, um total de 73.000 casos. Neste ponto, teríamos 1.460 óbitos, 2% de 73.000 casos. Estimando-se que teríamos cerca de 3.000 pacientes em estado grave, este seria o número de exames de PCR requerido neste dia. Como teremos 4 conjuntos de equipamentos, com capacidade total de 1.600 testes/dia, haverá saturação destes no pico epidêmico, tal qual ocorrerá nos leitos de UTI. Esta saturação será atenuada por 3 fatores. Primeiro, poderíamos ampliar em 50% a capacidade dos equipamentos com horas adicionais noturnas, alcançando-se 2.400 testes/dia. Segundo, o LACEN-DF tem capacidade atual de gerar 300 testes diários e poderá ampliar para 500 a 700 com equipamentos cedidos pela UnB, alcançando-se 3.100 testes. Terceiro, possivelmente o número de casos positivos seja menor do que o estimado como citado, considerando-se o efeito das medidas de isolamento social.
Em síntese, torna-se altamente prioritário dotar o órgão público credenciado para diagnóstico desta epidemia, o LACEN-DF, de uma estrutura laboratorial robusta para enfrentamento do surto. Este é o objetivo central da Fase 1, ‘Fortalecimento do LACEN-DF’. Capaz de gerar número satisfatório de exames de PCR em tempo real, com equipes treinadas e equipamentos que gerem o maior número de testes possível por unidade de tempo, com acurácia e biossegurança para os operadores. Optamos pelos equipamentos e kits da Thermo Fisher, mesma empresa que desenvolveu os kits de escolha utilizados em vários países e recomendados pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, CDC. Três conjuntos de equipamentos, formados por um PCR em tempo real e um extrator de RNA automatizado, poderão prover 1200 exames adicionais de PCR para COVID-19 diariamente pelo LACEN-DF. Mais um conjunto será instalado no HFA, aumentando em 400 testes a oferta de exames, estes destinados preferencialmente para militares e pacientes hospitalizados naquele hospital. Com este montante de exames será possível confirmar os casos positivos de COVID-19 no DF, apoiando decisões clínicas, análise epidemiológica, bem como planejamento de ações de contenção da epidemia. Superada a crise do sistema de saúde, após declínio da curva epidêmica, caberá estudarmos as consequências da infeção por COVID-19 sobre outras doenças e continuar monitorando os casos assintomáticos, quando alcançarmos a Fase 2, ‘Pesquisa científica sobre COVID-19’. Aqui focaremos em pacientes assintomáticos e positivos para COVID-19, avaliando-se o impacto desta infecção na oncologia mamária e monitorando-se a epidemiologia do SARS-CoV-2, mediante busca de indivíduos com alteração de olfato e paladar.
Breve Fundamentação Teórica
O SARS-CoV-2 é vírus contagioso e que gera colapso do sistema de saúde pela sobrecarga dos leitos de terapia intensiva para ventilação assistida. O diagnóstico definitivo de COVID-19 requer testes de PCR para identificação de sequências específicas deste coronavírus com alta sensibilidade e especificidade, sendo recomendado para casos graves. Quantificar casos positivos auxilia nas decisões sobre ocupação de leitos e áreas de internação, além de gerar dados epidemiológicos para planejamento de ações de saúde. Dotar instituições desta capacidade de realizar exames é estratégico para amenizar o colapso nos hospitais do Distrito Federal que irá ocorrer nos meses de abril e maio de 2020. Estudos sobre o impacto do SARS-CoV-2 sobre doenças como câncer de mama, irão elucidar seu papel no processo saúde-doença. Rastrear indivíduos assintomáticos, e com fenótipos sugestivos como perda de olfato, permitirá seguir a epidemiologia do SARS-CoV-2 e planejar seu controle.
Objetivos e Metas
Objetivos
1. Fortalecer a infraestrutura do LACEN-DF para execução de exames de PCR em tempo real para COVID-19, com apoio e participação do HFA (Fase 1);
2. Validar metodologia para rastreamento de indivíduos assintomáticos positivos para COVID-19, mediante fenótipos de perda olfatória e de paladar (Fase 2);
3. Investigar o efeito da infecção por COVID-19 em pacientes assintomáticos com tumor mamário, sobre a evolução clínica e biomarcadores de resposta terapêutica e agressividade tumoral (Fase 2).
4. Investigar as consequências da infecção por COVID-19 em doenças de interesse desta equipe de pesquisa, a partir do banco de dados de indivíduos positivos e negativos formado no LACEN-DF e HFA (Fase 2).
Metas
1. Implantar três novos conjuntos de equipamentos (extrator automatizado + PCR em tempo real) no LACEN-DF e um novo conjunto destes equipamentos no HFA até o dia 15 de abril de 2020, capazes de realizar um total de 1.600 – 2.400 novos exames diários de COVID-19; total geral de 14.000 exames para toda epidemia (Fase 1);
2. Disponibilizar todos os reagentes (kits de extração, kits de PCR, plásticos) e equipamentos de proteção individual necessários para a execução dos 1.600 – 2.400 diários novos ensaios até 30 de abril de 2020 (Fase 1).
3. Implantar questionário on-line para coleta de dados de olfato e paladar dos indivíduos testados positivos e aqueles negativos para COVID-19 para validação de metodologia de rastreamento de assintomáticos até 30 de abril de 2020 (Fase 2).
4. Concluir o mapeamento de indivíduos assintomáticos positivos para COVID-19 com perda de olfato e paladar no DF, para fins epidemiológicos e de planejamento de saúde, rastreados de 1º de maio de 2020 a outubro de 2020 (Fase 2).
5. Concluir estudo sobre os efeitos do COVID-19 sobre a evolução do câncer de mama e alteração de biomarcadores terapêuticos e de agressividade tumoral, em 1º de abril de 2022 (Fase 2).
6. Executar novas pesquisas sobre os efeitos do COVID-19 em doenças de interesse da equipe proponente, até 1º de abril de 2022 (Fase 2).
Metodologia
FASE 1. PCR para COVID-19 via equipamentos/kits de alto desempenho, 400 exames/equipamento (N=4 equipamentos). Extração automatizada de RNA (96 amostras/corrida de 50 minutos, KingFisher Flex - ThermoFisher ou similar; kit MagMax) seguida de PCR multiplex ‘one step’ (94 amostras/corrida de 36 minutos; QuantStudio 5; kit TaqMan SARS-CoV-2). Três conjuntos no LACEN-DF (2 para amostras clínicas; 1 para profissionais de saúde) e um no HFA (militares e pacientes). FASE 2. Validação da perda de olfato/paladar como biomarcador. Estudos cooperativos UnB–LACEN-DF e UCB sobre COVID-19 no câncer mamário/doenças de interesse e epidemiologia e clínica assintomáticos positivos, com prejuízo de olfato/paladar.
Resultados Esperados
De acordo com as fases de execução do projeto.
FASE 1– FORTALECIMENTO DO LACEN-DF
1.1- Aumento da oferta de exames de PCR para COVID-19 pelo LACEN-DF e pelo HFA, alcançando-se aproximadamente 2.400 novos exames no dia do pico epidêmico
A utilização dos equipamentos irá aumentar progressivamente à medida que aumentam os casos na fase ascendente da curva epidêmica até sua saturação no dia do pico, onde seriam demandados 3.000 exames por dia (vide item C- Análise do contexto). A capacidade normal, com 4 ensaios de PCR por dia por equipamento, seria de cerca de 400 testes/dia/equipamento, totalizando-se cerca de 1.600 testes/dia. (O número exato é 1.504 testes, pois corre-se 94 amostras/placa de PCR). Com aumento de 50% na realização dos testes, chegaríamos a 2.400 testes/dia, que é insuficiente para a demanda de 3.000 exames no pico da curva epidêmica. Neste momento, os atuais equipamentos do LACEN-DF e aqueles cedidos pela UnB poderão complementar o número de exames requeridos.
Destaque-se que profissionais diretamente ligados à assistência dos pacientes com COVID-19, incluindo-se médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares, bombeiros do CBMDF (n=5736 indivíduos, sendo 2.000 deles em viaturas de atendimento incluindo ambulâncias), militares das três forças Marinha, Exército, e Aeronáutica, entre outros, terão absoluta prioridade de testagem por razões óbvias. O número total de testes destinados a estes profissionais, reconhecidos como verdadeiros ‘heróis do mundo moderno’, é de difícil estimativa. Porém, haverá certa capacidade ociosa dos equipamentos para esta testagem, exceto no pico da curva epidêmica. O total de testes para toda a epidemia poderá alcançar 14.000 exames de PCR para COVID-19. Caso este número esteja superestimado em virtude das medidas de isolamento social, os kits remanescentes serão destinados à Fase 2, de pesquisa científica.
FASE 2 – PESQUISA CIENTÍFICA SOBRE COVID-19
Braço experimental 1- Condução de estudo epidemiológico de casos positivos para COVID-19, identificados pelo fenótipo validado da perda de olfato e paladar
Braço experimental 2- Conhecimento do impacto de COVID-19 sobre doenças de interesse
Iniciaremos pelo câncer de mama, com posterior ampliação de foco para doenças pulmonares, autoimunes, endócrinas, cardiovasculares, neurodegenerativas, distúrbios do sono, psiquiátricas, entre outras, a partir de projetos colaborativos entre LACEN-DF, UnB, e UCB, com participação de hospitais e instituições parceiras. Espera-se publicar artigos científicos em periódicos de impacto, formando-se pessoal desde a iniciação científica até a pós-graduação, o que irá fortalecer os programas de pós-graduação.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
O projeto terá 24 meses de duração, sendo executado no período de abril de 2020 a março de 2022, de acordo com as metas propostas.
* (VIDE TABELAS DO ARQUIVO ORIGINAL)
Cronograma Ano 1 – 2020
Metas/Meses Fase Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1. Implantar conjuntos de equipamentos* 1 X
2. Disponibilizar reagentes PCR* 1 X
3. Implantar teste olfato e paladar* 2 X
4. Mapeamento - assintomáticos* 2 X X X X X X
5. Efeitos do COVID-19 sobre o câncer* 2 X X X X X X X X
6. Novas pesquisas de COVID-19* 2 X X X X X X X X
*Vide resumo das metas abaixo.
Cronograma Ano 2 – 2021
Metas/Meses Fase Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1. Implantar conjuntos de equipamentos* 1
2. Disponibilizar reagentes PCR* 1
3. Implantar teste olfato e paladar* 2
4. Mapeamento - assintomáticos* 2
5. Efeitos do COVID-19 sobre o câncer* 2 X X X X X X X X X X X X
6. Novas pesquisas de COVID-19* 2 X X X X X X X X X X X X
*Vide resumo das metas abaixo.
Cronograma Ano 3 – 2022
Metas/Meses Fase Jan Fev Mar
1. Implantar conjuntos de equipamentos* 1
2. Disponibilizar reagentes PCR* 1
3. Implantar teste olfato e paladar* 2
4. Mapeamento - assintomáticos* 2
5. Efeitos do COVID-19 sobre o câncer* 2 X X X
6. Novas pesquisas de COVID-19* 2 X X X
*Vide resumo das metas abaixo.
Resumo das Metas 1 a 6
1. Implantar três novos conjuntos de equipamentos (extrator automatizado + PCR em tempo real) no LACEN-DF e um novo conjunto destes equipamentos no HFA até o dia 15 de abril de 2020.
2. Disponibilizar todos os reagentes (kits de extração, kits de PCR, plásticos, EPIs) para a execução dos novos ensaios até 30 de abril de 2020 (Fase 1).
3. Implantar questionário on-line para coleta de dados de olfato e paladar em indivíduos testados positivos e aqueles negativos para COVID-19 até 30 de abril de 2020 (Fase 2).
4. Concluir o mapeamento de indivíduos assintomáticos positivos para COVID-19 com perda de olfato e paladar no DF, rastreados de 1º de maio de 2020 a 31 de outubro de 2020 (Fase 2).
5. Concluir estudo sobre os efeitos do COVID-19 sobre a evolução do câncer de mama e alteração de biomarcadores terapêuticos e de agressividade tumoral, em 1º de abril de 2022 (Fase 2).
6. Executar novas pesquisas sobre os efeitos do COVID-19 em doenças de interesse da equipe proponente, até 1º de abril de 2022 (Fase 2).
Tempo total de execução previsto
24