Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Aline Martins de Toledo
Matrícula UnB
1058622
Unidade acadêmica da UnB
alinemartoledo@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Exercícios físicos domiciliares e práticas de educação em saúde: estratégias de enfrentamento durante a pandemia pelo COVID-19
Sumário Executivo da Proposta
Trata-se de uma ação composta por docentes e discentes do curso de Fisioterapia do Campus UnB Ceilândia, com o intuito de contribuir com o enfrentamento da pandemia imposta pelo COVID-19. A ação visa atender uma parcela da população, a qual foi afetada pelo isolamento social e domiciliar imposto pelas medidas sanitárias. Apesar de essencial para prevenir a transmissão do COVID-19, o isolamento afetou sobremaneira os indivíduos com diversas condições de saúde, como por exemplo a dor crônica. Ainda, o isolamento trouxe à tona outras dificuldades principalmente para as famílias com crianças, tendo em vista o fechamento de escolas e creches. Não se pode negar os efeitos deletérios do isolamento na saúde física e mental da população, ocasionado principalmente pelo sedentarismo. Deste modo, a Fisioterapia pode contribuir com o seu corpo de conhecimentos e evidências no sentido de desenvolver ações de educação em saúde, orientação de exercícios e outras atividades domiciliares, e contribuir para a manutenção da saúde em níveis desejáveis. A ação fomentará a confecção de materiais em diferentes formatos, como infográficos, a serem disseminados em mídias digitais por meio de posts, lives e vídeos. Ainda, propõe-se o desenvolvido de um aplicativo de celular, com o intuito de disseminar rotinas semanais de exercícios físicos, práticas preventivas e educativas, além do monitoramento dos indivíduos por um profissional de saúde, remotamente.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
Educação em saúde, tradução do conhecimento, exercício físico, funcionalidade e saúde
Número de Integrantes da Equipe
30
Nome dos Integrantes da UnB
Rodrigo Luiz Carregaro, Fernanda Pasinato, Luisiane de Avila Santana, Aline Martins de Toledo, Caroline Ribeiro Tottoli, Yara Andrade Marques, Luciana Alves Custódio, Carol Lima Barros,Taís Dias Ribeiro, Thaysa Gabrielle Silva, Daiane Vieira, Gabriel Cassimiro, Letícia Amaral, Emilie Freire, Manuella Ferreira, Isabella Ramos, Mariana de Lima Macêdo, Mariana Barriviera Prada, Lincoln Alves Rodrigues, Priscila Carolina Dias Pretag, André Bispo Ramos Costa, Lizandra Pinto Aguiar, Mariana Karoline Garcia Inoue, Nataline Coutinho Lopes, Sabrina Loren Sonia dos Santos, Ana Clara Noleto Azevedo, Isadora Martins de Fonseca Pedroso, Valerie Cristine Costa e Silva Sandes, Ludimila Rodrigues de Souza, Lucas Nicácio Bezerra.
Há integrantes externos à UnB?
Não
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
GPAFI (Grupo de Pesquisa em avaliação e Intervenção em Fisioterapia), NETECS (Núcleo de Evidencias e Tecnologias em Saúde)
Público alvo
Análise do Contexto
Frente à emergência em Saúde Pública de importância nacional e internacional em decorrência da infecção pelo novo Coronavírus (COVID-19), muitos serviços de reabilitação que atendem indivíduos com diversas condições crônicas saúde, mas não emergenciais, tiveram suas atividades suspensas. Nesse sentido, o desenvolvimento de ações de educação em saúde e orientação de exercícios domiciliares para estas populações pode contribuir para a manutenção de sua saúde e melhora da imunidade, sendo relevantes no enfrentamento da pandemia. Assim, propusemos um conjunto de ações voltadas para a educação em saúde e orientação de exercícios domiciliares para populações específicas, com o objetivo de manter a condição funcional e melhorar a resposta do sistema imune, durante o período de isolamento social e enfrentamento ao COVID-19.
Público alvo:
● Indivíduos com quadro de dor crônica relacionada a disfunções musculoesqueléticas;
● Indivíduos diabéticos com ou sem complicações neuropáticas e angiopática;
● Familiares/cuidadores de lactentes e crianças com ou sem disfunções neuromotoras.
Breve Fundamentação Teórica
O Brasil registrou a primeira contaminação pelo COVID-19 na cidade de São Paulo, em 26/02/2020, a qual tem crescido em ritmo acelerado (BRASIL, 2020). A principal estratégia adotada pelas autoridades sanitárias para controlar o avanço da pandemia e evitar o colapso do SUS foi a prevenção. O isolamento domiciliar foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde, e adotado pelo Ministério da Saúde, principalmente depois do reconhecimento de casos de transmissão comunitária do COVID-19. Um aspecto crucial é que indivíduos com condições de saúde pré-existentes, como hipertensão ou diabetes, e indivíduos com o sistema imunológico deprimido, são mais propensas a desenvolverem doenças graves devido à infecção pelo COVID-19.
Frente a esse cenário, há inúmeros impactos advindos do isolamento e distanciamento social. Apesar da necessidade de tais medidas, não se pode negar seus efeitos deletérios na saúde física e mental da população, ocasionado principalmente pelo sedentarismo. A combinação entre sedentarismo e estresse mental, estado nutricional deficiente e má qualidade do sono, tem sido associada ao comprometimento da função imunológica e ao risco elevado de infecção. O treinamento físico moderado mostrou-se positivo ao causar perturbações favoráveis no sistema imunológico e redução na incidência de doença crônica, exercendo influências anti-inflamatórias (Nieman, 2011). Ainda, o exercício estimula o aumento de mediadores do sistema imunológico reduzindo o risco de infecção, uma vez que ocorre o aumento de mediadores anti-inflamatórios, como IL-1, IL-4, IL-6, IL-10, IL-13 e TGF-β (Pedersen e Goetz, 2000).
Destaca-se que o isolamento trouxe à tona outras demandas, principalmente para as famílias que possuem filhos, tendo em vista a paralisação de escolas e creches, além de serviços de atendimento aos lactentes e crianças com disfunções ou atrasos motores. Nesse contexto, há a necessidade de readaptação no modo de realização, supervisão, e orientação de práticas de saúde, principalmente para grupos populacionais que possuem comorbidades. A atenção domiciliar configura uma importante abordagem terapêutica, e vários estudos têm demonstrado a efetividade, como exemplo, da prescrição de exercícios físicos nesse ambiente para o manejo de condições crônicas como a dor lombar (Kuukkanen et al., 2007; Searle et al., 2015; Essery et al., 2017).
Neste contexto de isolamento uma preocupação importante se refere ao modo como as informações são recebidas e se estão sendo ou não compreendidas pela população em geral. Neste sentido, destacamos a tradução do conhecimento como uma forma de disseminação de tais informações. De acordo com o Instituto Canadense de Pesquisa em Saúde (CIHR), a tradução do conhecimento é definida como um processo dinâmico e interativo, que inclui a síntese, a disseminação, o intercâmbio e a aplicação ética do conhecimento para melhorar a saúde, por meio de serviços e produtos mais eficazes, fortalecendo os sistemas de saúde. Ou seja, a tradução do conhecimento contribui para aumentar a conscientização dos usuários do conhecimento sobre os resultados de pesquisas e facilitar o uso desses resultados, promovendo assim, a melhoria da saúde (CIHR, 2012); além de favorecer a interação entre pesquisadores e público, tornando-o acessível (Lapaige, 2010). Portanto, o uso de estratégias de tradução do conhecimento mostra-se uma ferramenta útil na readaptação nas práticas de saúde.
O uso de novas tecnologias e mídias sociais são recursos fundamentais para favorecer tais estratégias remotas de atenção, os quais potencializam a supervisão e prescrição domiciliar de exercícios físicos e demais práticas educativas (Gaikwad e Warren, 2009), principalmente em tempos de isolamento da população devido à pandemia pelo COVID-19.
Objetivos e Metas
Objetivo geral
Propor um conjunto de ações voltadas para a educação em saúde e orientação de exercícios domiciliares para populações específicas, com objetivo de manter sua condição funcional e melhorar a resposta do sistema imune, durante o período de isolamento social e enfrentamento ao COVID-19.
Metas:
● Envolver alunos e professores na produção e tradução do conhecimento sobre os cuidados e educação em saúde, bem como estratégias de prevenção e melhora do sistema imune em populações específicas;
● Produzir materiais de fácil compreensão (posts, infográficos e vídeos), específicos para o público alvo do estudo, contendo informações sobre prevenção da COVID-19, orientação de exercícios domiciliares gerais e específicos; esclarecimentos regulares sobre o impacto da pandemia em sua condição de saúde;
● Divulgar todo material produzido em redes sociais, website, grupos e associações voltadas para o cuidado do público alvo.
● Acompanhar os resultados das ações da proposta por meio de um aplicativo de celular
Metodologia
Os membros da equipe serão divididos em grupos para melhor atender aos objetivos propostos. Serão realizadas discussões entre os grupos sobre o contexto e os impactos do COVID-19. Além disso, serão desenvolvidas estratégias de tradução de conhecimento (knowledge translation) das evidências disponíveis sobre a prática e os efeitos de exercícios físicos domiciliares e educação em saúde aplicados às diferentes populações, bem como a relação entre exercício físico e melhora da imunidade. As discussões e levantamento das evidências serão utilizadas para a elaboração de materiais educativos, informativos e de orientação, composto por informações simples e para leigos, no intuito de facilitar a assimilação pelo público. Os materiais serão transformados em diferentes formatos, como infográficos e textos ilustrados, a serem disseminados em diferentes mídias digitais (por meio de posts, lives e vídeos). Os materiais também serão divulgados em conselhos de classe e associações voltadas ao cuidado dessas populações. Com o intuito de monitorar as atividades do projeto e criar indicadores de avaliação, será disponibilizado um questionário eletrônico para avaliar o nível de satisfação/assimilação dos participantes, e o impacto social das ações propostas. Ainda, será desenvolvido um aplicativo de celular, com o intuito de disseminar rotinas semanais de exercícios físicos, práticas preventivas e educativas, além do monitoramento dos indivíduos por um profissional de saúde, remotamente.
Resultados Esperados
● Esperamos que os indivíduos nas diversas condições de saúde em foco, os quais se encontram em situação de isolamento domiciliar, possam, com as atividades propostas, manter-se ativos fisicamente e mentalmente, por meio dos exercícios e práticas que serão disponibilizadas;
● Esperamos que o público alvo da presente proposta se aproprie e assimile informações de base científica as quais serão disponibilizadas pelas ações propostas.
● Esperamos facilitar a execução de atividades domiciliares e de seguir orientações de educação em saúde com o uso do aplicativo de celular, uma vez que haverá o monitoramento dos participantes/pacientes.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Sim
Valor da previsão de financiamento da unidade
R$ 100.000,00
Cronograma da Execução
A ação terá duração aproximada de 9 meses (abril a dezembro de 2020), tendo em vista o caráter emergencial da pandemia por COVID-19. Entretanto, após a consolidação das ações no prazo indicado, haverá um replanejamento das etapas do projeto para verificar a viabilidade de continuidade, por meio da criação de um projeto de extensão (PEAC) de maior duração.
- Reunião da equipe: Abril a Dezembro de 2020
- Elaboração das estratégias e conteúdo (tradução conhecimento): Abril a Julho de 2020
- Criação dos canais para disseminação do conteúdo informativo: Abril a Maio de 2020
- Divulgação dos canais e conteúdos agregados: posts, infográficos, vídeos: Abril a Setembro de 2020
- Divulgação dos materiais para associações e conselhos: Maio a Julho de 2020
- Planejamento e elaboração do aplicativo: Maio a junho de 2020
- Lançamento e uso do aplicativo: Junho a Dezembro de 2020
Tempo total de execução previsto
9