Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Caio Frederico e Silva
Matrícula UnB
1048210
Unidade acadêmica da UnB
caiosilva@unb.br
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
ESCOLAS BIOCLIMÁTICAS E SAUDÁVEIS: Conforto Térmico e Qualidade do Ar Interno em Ambientes Escolares
Sumário Executivo da Proposta
A pandemia da COVID-19 trouxe a necessidade de readaptação e reformulação de espaços e modelos de convívio social em todo o mundo. Sendo o Sars-CoV-2 um vírus que se propaga majoritariamente por meio de gotículas respiratórias que podem ficar suspensas no ar por até 3 horas (VAN DOREMALEN et al., 2020), e cientes da inexistência de cura ou vacina para seu controle, restam a implementação de estratégias que propiciem um ambiente seguro, com mais qualidade ambiental, e que preze pelo controle da saúde e bem-estar da população durante a retomada de suas atividades presenciais. A ocupação dos ambientes fechados e com grande densidade de pessoas, como é o caso das escolas, exigirá cautela, adaptação e adoção de medidas estratégicas que visem a máxima redução da probabilidade de contaminação de vírus pelos seus ocupantes, além de tornar o ambiente salubre e cooperar para melhor desempenho do estudante (LUO, M. et al., 2016). Destaca-se a importância da manutenção de ambientes ventilados (DE OLIVEIRA et al., 2020). Logo, é iminente a necessidade de se atentar para a segurança dentro das salas de aula e espaços compartilhados por alunos e funcionários, na qual deverá ser feita por meio da adaptação dos ambientes, para que estejam em conformidade com as recomendações de qualidade do ar e conforto térmico internos. Neste sentido, esta pesquisa pretende analisar a qualidade do ar e propor recomendações que visem uma mais frequente renovação do ar interior, além da promoção do conforto térmico dos espaços internos, os quais deverão dispor de boa ventilação e de equipamentos que sejam capazes de verificar e controlar as condições do ambiente, como: temperatura do ar, velocidade do ar, umidade do ar, temperatura média radiante, filtragem e renovação constantes de ar. Sabe-se que estas medidas podem dificultar e até conter a proliferação de vírus de maneira a reduzir as chances de infecção e preserva a frequência, e o nível de cognição do aluno. Além disso, também devem ser feitas adequações quanto ao uso e ocupação dos espaços, pensando em soluções que possam evitar aglomerações, permitindo um distanciamento maior entre os ocupantes. A junção de todas essas medidas assegurará a salubridade dos ambientes, proporcionando assim maior conforto aos usuários. Nesse contexto, assegurar a salubridade das edificações escolares, através de técnicas bioclimáticas, além de ser essencial ao pleno desenvolvimento intelectual dos alunos, diminui a propensão de disseminação de bactérias e vírus pelo ar, mitigando a transmissão da COVID-19. Portanto, estudos e pesquisas que levem em conta a análise de estratégias que ajudem a viabilizar a retomada segura das atividades presenciais, de forma que os ambientes estejam preparados e adaptados corretamente para lidar com essa nova realidade, a fim de minimizar as formas de contaminação dos ocupantes, se fazem imprescindíveis e urgentes. Vale lembrar que todas as estratégias a serem discutidas e analisadas nesse projeto levarão em conta uma compilação de dados microclimáticos que serão coletados, e serão referenciadas por bibliografias e recomendações de normas internacionais atualizadas que já consideram a situação de uso e operação de edifícios pós COVID-19, com relação a projeto e edificações existentes quanto à ambientes naturalmente ventilados e à instalação e operação de sistemas de condicionamento artificial, assim como limpeza, manutenção, adaptação e aquisição de equipamentos. Desta forma, tornar-se-á possível a realização de uma avaliação criteriosa sobre a eficiência das soluções sugeridas para adaptação dos ambientes escolares nas retomadas de suas atividades num cenário de pós-pandemia.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
qualidade do ar, salas de aula, conforto térmico, salubridade, produtividade.
Número de Integrantes da Equipe
19
Nome dos Integrantes da UnB
Caio Frederico e Silva, Erondina Azevedo, Vanda Alice Garcia Zanoni, Gustavo Luna Sales, Joára Cronemberger Silva, Amanda Gomes do Valle, Ana Carolina Barreiros Cordeiro, Deborah Silva Fassini, Diego Henrique Gomes, Flávia Angelim Maia Vasconcelos, Giovanna Salles Brancaglion, Guilherme da Silva Cavalheiro, Larissa Alves de Albuquerque, Rejane Martins Viegas, Thiago Montenegro Góes, Ana Carolina Santana Corrêa Lima, Valmor Cerqueira Pazos, João Renato de Carneiro Aguiar, Rafael Luiz Azevedo Almeida
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Sicac (www.sicac.unb.br), LaSUS (www.lasus.unb.br), Lacam (www.lacam.unb.br)
Público alvo
Comunidade Acadêmica | Estudantes | Estudantes e professores de escolas do DF
Análise do Contexto
A qualidade do ar interno e a salubridade estão diretamente relacionados com a transmissão da COVID-19. Uma ventilação do ar eficaz e sua filtragem podem reduzir a concentração de bactérias, vírus e fungos no ar e, portanto, o risco de transmissão de doenças por ele. No atual cenário, quando escolas estão planejando retornar às atividades presenciais, é fundamental a adoção de estratégias que garantam a qualidade interna do ar e as taxas de renovação, para evitar além da transmissão, o estresse térmico aos indivíduos. Quando submetidos à condições de stress térmico, o ser humano tem seu estado geral de saúde debilitado, alterações das reações psicossensoriais e a queda da capacidade de produção (LAMBERTS, 2011). Portanto é imprescindível que esse retorno seja feito de forma planejada, para garantir a segurança e bom desempenho de estudantes e professores, assim como dos funcionários de serviços administrativos e de limpeza. Isso será possível por meio da adaptação dos ambientes de sala de aula, para que os mesmos passem a atender às novas exigências de desempenho térmico e qualidade do ar necessários. A adaptabilidade e resiliência neste cenário de pandemia são chaves para tornar os ambientes de aprendizado locais seguros e eficientes.
Breve Fundamentação Teórica
A disseminação de microrganismos que causam doenças pelo ar ocorre através de gotículas gerados pela tosse, espirro, gritos, respiração, descarga do banheiro (BISCHOFF et al., 2013; YAN et al., 2018), análogo a transmissão da COVID-19, como definido pelo Ministério da Saúde. Tem-se que salubridade é a qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente e de promover o aperfeiçoamento das condições mesológicas favoráveis à saúde pública (CONESAN, 1999). A salubridade pode ser obtida nos ambientes internos a partir da renovação de ar, ajudando na remoção da umidade, bactérias e vírus, além de contribuir na promoção do conforto térmico (ASHRAE, 2017). Neste sentido, ambientes saudáveis visam garantir a integridade física, mental e social dos indivíduos e comunidades (SÁ, 2016). Destaca-se a importância de propostas alternativas visando ao conforto térmico, na busca do bem-estar dos indivíduos, requerendo planejar corretamente ambientes adequados para suas atividades (VIEGAS, 2017).
Objetivos e Metas
O objetivo geral desta pesquisa avaliar o conforto térmico e qualidade do ar interno de salas de aula que operam sob sistemas mistos de condicionamento ambiental. Como objetivos específicos, esta pesquisa visa:
• Apresentar um checklist de soluções buscando a salubridade dos alunos e funcionários a curto, médio e longo prazos;
• Construir um indicador de Salubridade para Salas de Aula;
A avaliação de conforto térmico será baseada em normas internacionais, e apoiado em regulamentos de eficiência energética apresentadas pela INMETRO (PROCEL Edifica). A avaliação da qualidade do ar interior será baseada em normas internacionais e nacionais, que se complementam buscando um único objetivo.
As metas são: 1) realizar o monitoramento de salas de aula de uma instituição co-participante convidada. 2) O projeto piloto será aplicado e testado pelos pesquisadores, sendo validado, tornará parâmetro para outras 4 escolas públicas dentro do Distrito Federal, nas Regiões Administrativas do DF mais afetadas pela COVID-19. 3) Publicar o checklist que a partir base técnico-científica, sendo composto por critérios existentes e inovadores para a rede de escolas, visando efetiva melhoria na qualidade do ambiente de estudos e consequente eficiência energética. 4) Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade científica em geral, por meio de artigos, revistas e livros; mídias digitais nacionais e internacionais por meio da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers / Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado).
Metodologia
1) REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: Prospecção de iniciativas semelhantes às estratégias empregadas de conforto térmico e renovação de ar;
2) COLETA DE DADOS IN LOCO: Base de dados de variáveis ambientais através do monitoramento de sensores definidos em concordância com as normas.
3) COLETA DE DADOS / DIGITAIS: Base de dados de variáveis pessoais subjetivas, obtidas por questionários a serem respondidos pelos alunos da escola.
4) ANÁLISE DOS DADOS/SIMULAÇÃO: Tratamento dos dados a fim de interceptar e correlacionar as variáveis ambientais e sensoriais à condição de salubridade, por CFD.
5) CHECKLIST: Elaboração do checklist de soluções;
Resultados Esperados
Devido ao período atual de pandemia da COVID-19 e a necessidade da eventual reabertura das escolas, essa pesquisa visa contribuir com soluções de melhoria e adequação dos projetos padrões e edificações existentes em relação à qualidade do ar interno das salas de aula do Distrito Federal. Tais propostas sugerem formas de uso e operação, em relação à desdensificação das salas de aula, com a finalidade de tornar os espaços mais seguros quanto ao índice de transmissão do vírus. Esta pesquisa pretende apresentar um plano estratégico para diferentes tipologias de salas de aula, além de sensibilizar os dirigentes e demais autoridades públicas, para a relevância da qualidade dos ambientes dos edifícios escolares de todos os níveis de ensino (escolas, universidades etc). Além disso, tem-se como objetivo a educação ambiental da comunidade – pela via dos estudantes, professores. Por fim, pretende-se contribuir com divulgação científica da pesquisa desenvolvida na Universidade de Brasília, publicando os resultados em âmbito mundial, visando à necessidade emergente do conhecimento e aplicação universal do estudo em escolas com características semelhantes a esta pesquisa.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
Mês 1) Escolha das demais escolas (exceto projeto piloto); Mês 2-6: Elaboração do script de avaliação da atual situação das escolas / Revisão Bibliográfica. Mês 7-8: Capacitação dos bolsistas/ Trabalhos de campo (medições in loco); Mês 9-12: Análise dos dados Validação dos Dados . Mês 13-18: Validação dos Dados/ Simulação computacional. Mês 19-24: Elaboração do texto e Checklist. Mês 12 e 24: Fechamento e Divulgação.
Tempo total de execução previsto
24