Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
ANA PAULA CAMPOS GURGEL
Matrícula UnB
1097555
Unidade acadêmica da UnB
prof.anapaulagurgel@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
“COM O PÉ EM CASA”: ATIVIDADES LÚDICAS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA FAMÍLIAS EM ISOLAMENTO SOCIAL CONTRA O CORONAVÍRUS
Sumário Executivo da Proposta
O presente projeto visa elaborar atividades lúdicas de educação patrimonial a serem realizadas pelas famílias neste momento de isolamento social. Em especial, foca-se no caso de Brasília e suas comemorações de 60 anos de inauguração. Num espectro mais amplo, o projeto também abordará outras cidades brasileiras cujo o patrimônio cultural seja relevante, principalmente em termos arquitetônicos e urbanísticos. A educação patrimonial é uma ferramenta importante para assegurar o reconhecimento e apropriação dos nossos bens culturais.
O grupo envolvido elaborará uma série de atividades como jogos, livros de pintura, entrevistas e material áudio-visual diverso para a promoção cultural durante a pandemia a ser divulgado em diversas plataformas digitais.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
educação patrimonial; lúdico;
Número de Integrantes da Equipe
20
Nome dos Integrantes da UnB
Ana Paula Campos Gurgel (professora DTHAU-FAU), Gabriela de Souza Tenório (professora DPRO-FAU), Amanda Rafaelly Casé Monteiro (170048861), Amanda Idala Dias de Oliveira – 160110254, Amora de Andrade Machado – 180139860, Ana Caroline dos Santos Paiva – 160110955, Anny Caroline Mori Rodrigues – 120168618, Ariel Freire do Amaral – 150118392, Isabele Carvalho de Oliveira – 180102427, Jessica Sousa Duarte – 180102869, João Victor Brentano Nascimento – 180133250, João Vitor Lopes Lima Farias – 180020269, Júlia Lopes Soares – 160010578, Juliana Albuquerque Campos da Silva – 180073991, Liara Monique Brito de Oliveira Ramortsua – 170108368, Martha Jonata Pacheco – 150140631, Natália Ferreira Valladão – 170019748, Nina Beatriz de Araújo e Gallina – 170112152, Pillar Accioly Lima – 170113108, Vítor Luís Vaz Mendes - 180039083
Há integrantes externos à UnB?
Não
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Não
Público alvo
Análise do Contexto
A diminuição do convívio social, orientação principal da Organização Mundial da Saúde – OMS e do Ministério da Saúde para min imizar o avanço da transmissão do vírus COVID-19, tem como consequência a determinação de suspensão de atividades presenciais em instituições escolares, empresas, comércios, clubes, dentre outros.
Em fevereiro deste ano, a OMS, através da publicação do plano de resposta ao novo vírus COVID-19 intitulado Strategic preparedness and response plan for the new coronavirus , instituiu diretrizes aos países do mundo todo para que eles possam enfrentar a pandemia do COVID-19 (WHO, 2020). No mesmo mês, em resposta à possível emergência de saúde pública, o Ministério da Saúde através da publicação do Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus COVID-19 que instituiu níveis de resposta baseados na avaliação do risco do novo coronavírus afetar o Brasil (BRASIL, 2020). Em 3 de fevereiro de 2020, o Brasil declara Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN. Mais tarde, segundo o site oficial do Ministério da Saúde, no final do mesmo mês, é confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil, em São Paulo.
Na esfera do Distrito Federal, o Governo tomou medidas de distanciamento e redução de circulação de pessoas trouxeram consequências que interferem fortemente no dia-a-dia da população do Distrito Federal. Através do Decreto Nº 40550, de 23 de março de 2020, instituiu-se medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo Coronavírus com a suspensão até 05 de abril de 2020 de atividades presenciais em instituições escolares, empresas, comércios, clubes, dentre outros. Revogado pelo Decreto 40583 em 01 de abril de 2020, com a suspensão das atividades educacionais até o dia 31 de maio de 2020.
Repentinamente, familiares ou companheiros de residência de diferentes idades estão em casa e não sabem o que fazer para manter-se ocupados e, principalmente, para que esses momentos possam de algum modo contribuir para o desenvolvimento intelectual das crianças e jovens. Diante dessa demanda, têm surgido nas redes sociais algumas sugestões de atividades, normalmente lúdicas e prazerosas, para entretê-los.
Embora algumas instituições de ensino estejam desenvolvendo atividades de estudo realizadas à distância, ressalta-se que parte das escolas estão optando pela interrupção total das aulas para uma posterior reposição das mesmas. Sendo assim, não há atividades acadêmicas formais para serem realizadas em casa nesse momento.
Diversos pesquisadores, psicólogos e pedagogos ressaltam que tal situação de mudança de rotina e diminuição do convívio social que vivemos hoje é especialmente difícil p ara crianças e adolescentes.
Como seu sistema cognitivo e emocional não está plenamente desenvolvido, a maneira pela qual enfrentarão o problema dependerá em grande parte da conduta e manejo do seu núcleo familiar. A depender do tempo e da extensão do isolamento social, conflitos variados no contexto familiar podem surgir. Diversas ações, em diversas áreas, vêm sendo tomadas para mitigar esses problemas.
Dentro desse contexto, essa proposta visa desenvolver uma série de atividades lúdico-didáticas, que tenham como objetivos a percepção do patrimônio construído de Brasília, principalmente num contexto do aniversário de 60 anos da cidade, bem como de outras regiões brasileiras numa interface entre arquitetura e educação patrimonial. Essas atividades propiciaram também a interação social, convívio familiar e reforço de habilidades cognitivas.
Breve Fundamentação Teórica
Com origem do latim ludus, lúdico é aquilo que remete a jogos, brinquedos ou qualquer atividade que distrai ou diverte (LÚDICO, 2015). O estudo de Huizinga (1962), fundamental no estudo contemporâneo sobre o lúdico e os jogos (FRISSEN, 2015), comprova que, na verdade, é possível observar diversas formas em que o lúdico e o jogo são contextualizados na cultura como aspectos intrínsecos ao desenvolvimento da sociedade humana ao longo da sua história.
De acordo com Huizinga (1962), o jogo é uma forma especial de atividade, de cunho significativo e social. Diversos autores apontam que as experiências com jogos e brincadeiras ocorridas durante a infância exercem um papel crucial no desenvolvimento do adulto (SCHERER, 2013). Nesse sentido, também podem se mostrar como maneira informal de aprender, isto é, fora de um ambiente no qual o propósito educacional é categórico.
A aplicação de jogos e da gamificação na área da arquitetura e do urbanismo se mostra conveniente pois é capaz de simplificar a linguagem codificada e técnica do arquiteto e urbanista. Um jogo criado para gamificar um processo não lúdico tem, portanto, um outro objetivo além do de divertir (ABT, 1970 apud POPLIN, 2011, p. 3). Assim, surge o conceito de serious game, que seria traduzido como “jogo sério” em português – um jogo cujo objetivo final, se não o primordial, é o de proporcionar alguma espécie de aprendizado ao jogador enquanto se diverte. Apesar de soar contraditório por si só, é uma prática que já foi aplicada em diversas áreas do conhecimento desde a década de 2000, principalmente para educação e treinamento (POPLIN, 2011).
Na realidade brasileira, a educação arquitetônica – entendida como a capacidade de reconhecer gramáticas plástico-compositivas em perspectiva histórica - é infelizmente restrita à um pequeno grupo de profissionais, intelectuais e alguns poucos “amantes da arquitetura”. Entretanto, há uma vasta produção acadêmica que busca sistematizar e discutir nosso acervo arquitetônico, mas que por sua composição técnica distancia-se do público em geral. Se percebemos arquitetura como “ [...] sobretudo, o ambiente, a cena onde vivemos a nossa vida” (ZEVI, 2009, p. 28) percebemos que seu entendimento não pode estar restrito aos livros ou ao ambiente acadêmico.
Isso é também importante quando discutimos questões e ações de preservação patrimonial. Não se pode conservar o que não se (re)conhece ou aquilo que não é distinguido pela população como parte relevante de sua história. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em uma cartilha sobre educação patrimonial ressalta que por esse processo de “alfabetização cultural” possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. Este processo leva ao reforço da autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural. (IPHAN, 2014). Pode-se, assim, por meio ao apego ao lugar, estimulando o orgulho e o zelo dos cidadãos pela preservação, ter um vetor para a manutenção da identidade local. Nesse sentido, na cidade sua história e agentes são narrados por meio do seu acervo arquitetônico de distintas épocas. Acredita-se que o entendimento das escalas arquitetônicas e urbanísticas pelos usuários é responsável pela decorrente valorização e proteção das mesmas.
Tratando-se de Brasília, inscrita na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco em 7 de dezembro de 1987 e inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 14 de março de 1990 e que em 2020 comemora 60 anos de fundação, esta dualidade de pertencimento versus patrimonialização é latente na vivência da cidade.
A apreensão da cidade não é fácil ao leigo. Brasília possui uma ordem complexa, organizada em diversas escalas urbanísticas e composta por diversos monumentos arquitetônicos. Ou seja, não se pode exigir que os moradores e visitantes da cidade tenham consciência do valor excepcional que a capital representa, uma vez que esse conhecimento não é tautológico e sim exige explicações e contato com informações tocantes a sua especificidades arquitetônicas, urbanísticas, paisagísticas, históricas dentre outras. Nesse sentido, ações de educação patrimonial que visem o desenvolvimento de uma visão interpretativa e a consequente atuação cidadã são ferramentas fundamentais para uma participação verdadeiramente democrática nas políticas públicas de preservação.
Objetivos e Metas
Objetivos:
Estudo 1: Desenvolver aplicativo móvel para suporte a um programa otimizado (capaz de atender pacientes recuperados da COVID-19) e à distância de reabilitação cardiovascular (CVRopt).
Estudo 2: Avaliar os efeitos de um CVRopt baseado em mHealth, em pacientes com doença cardiovascular com e sem COVID-19 e os impactos na capacidade física e nos aspectos biopsicossociais.
Estudo 3: Identificar as disfunções e os fatores associados aos desfechos clínicos primário e secundário nos pacientes com doença cardiovascular nos diferentes estágios da COVID-19 em comparação aqueles sem COVID-19.
Metas:
• Validar o protocolo como proposta internacional
• Produzir um aplicativo móvel para apoio a programas de reabilitação cardiovascular otimizado (incluindo a COVID-19) e à distância.
• Avaliar o efeito de um Programa de reabilitação cardiovascular mHealth em pacientes com doença cardiovascular com e sem COVID-19 .
• Identificar as disfunção e os fatores associados ao desfecho clínico primário e secundário nos pacientes com doença cardiovascular nos diferentes estágios da COVID-19 em comparação aqueles sem COVID-19.
• Comparar o os resultados nacionais com dados internacionais.
• Divulgar os resultados em eventos científicos e sociedade.
• Estabelecer e ampliar parcerias com pesquisadores internacionais.
• Divulgação dos resultados para comunidade cientifica.
• Disponibilizar ferramenta para uso em grande escala pelos serviços de saúde.
Metodologia
A proposta se organizará nas seguintes etapas:
● realização de uma “Tempestade de ideias” com os participantes para definição das
atividades a serem desenvolvidas (já realizado);
● divisão dos participantes em grupos, de acordo com suas potencialidades, cada qual focando em um conjunto de atividades ou foco de trabalho (já realizado);
● realização de videoconferências semanais para o acompanhamento das propostas (em
andamento);
● revisão do conteúdo, formatação e adequação às normas das atividades desenvolvidas pelos discentes;
● organização de lançamentos periódico nas mídias sociais do material produzido;
● publicação de sítio eletrônico que será uma plataforma permanente para livre acesso e
download dos produtos desta atividade.
Resultados Esperados
Diversas atividades podem ser realizadas ao longo do período no qual se prolongue esse projeto. Até o momento, estão sendo organizados atividades do tipo “ imprima e faça” :
- Jogo de tabuleiro;
- Livro para colorir;
- Jogo da memória;
- Maquetes de edifícios (papercraft);
- Caderno de atividades: ligue os pontos, jogo dos sete erros, associação etc.;
- Teatro de sombras;
- Dedoches de arquitetos e personagens importantes na construção de Brasília;
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
abril - pesquisas/ organização das atividades / divisão dos grupos de trabalho
maio - lançamento das primeiras atividades e "semana MG"
junho - laçamento das atividades sobre Belém e Brasília
Tempo total de execução previsto
4