Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
Gabriela Pereira de Freitas
Matrícula UnB
1032747
Unidade acadêmica da UnB
gabriela.freitas@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Cartografias subjetivas do isolamento: repensando os afetos, os deslocamentos e cidade em tempos de pandemia
Sumário Executivo da Proposta
A partir da coleta de dados e informações sobre como as subjetividades foram impactadas pelo isolamento social durante a pandemia, utilizando-se de técnicas como netnografia, entrevistas realizadas virtualmente propomos elaborar uma cartografia de como a cidade se reconfigura nesse cenário de interdição do transitar e do caminhar pela cidade pela criação de peças gráficas, imagens, filmes, vídeos, instalações, material audiovisual, entre outros. Como cada um de nós sofreu o impacto da não convivência em espaço público? Como os espaços se reconfiguram durante e após o período de isolamento? Como os afetos são alterados diante dessa imposição? A prática do caminhar que tomamos como algo dado a priori, se altera nesse cenário? A ideia é montar ao final uma exposição com as peças realizadas e alguns artigos científicos que acompanharão as reflexões de forma e repensar as cartografias subjetivas e a relação corpo - cidade.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
Cartografia, Isolamento, Afeto, Subjetividade, Cidade, Pandemia
Número de Integrantes da Equipe
12
Nome dos Integrantes da UnB
Gabriela Pereira de Freitas, Fernanda Karla Alves de Sá, Lorena da Silva Figueiredo, Héllen Lorrany Gomes da Sil, Rhaysa Novakoski Carvalho, Marcus Vinícius Santos de Almeida, Paulo Henrique Xavier da Silva, Felipe Gonçalves Pinheiro, Ana Laura Barros, Brenda da Silva Costa, Júlia de Castro Peres Bulhões, Gabriela Felipe Francisco
Há integrantes externos à UnB?
Não
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Grupo de Estudos em Espaço, Corpo, Arte e Estética
Público alvo
Análise do Contexto
O isolamento social nos impõe uma série de mudanças tanto nos âmbitos macro quanto micropolíticos. Estão implicadas transformações econômicas, sociais, históricas, culturais e subjetivas. A ocupação do espaço urbano se restringe enormemente a as trocas de afeto entre seus habitantes se reconfiguram. Nesse cenário, como nossas próprias subjetividades constituem a subversão a esta imposição necessária? Como os afetos se transformam e procuram criar novos laços mesmo quando não podem se constituir no mesmo espaço físico?
Breve Fundamentação Teórica
Diante dos dispositivos que estruturam os rizomas de poder, Rolnik e Guattari (1996) acreditam que as subjetividades constituem as fissuras da micropolítica, capaz de corromper as macroestruturas. Os encontros e os afetos estabelecidos na vida em cidade, assim como a prática do caminhar, ou da deriva, como em Guy Debord, se constituem como mecanismos de exercício dessas subjetividades. No contexto de isolamento do Covid-19, como se reconfiguram as cartografias dessas subjetividades?
O conceito de deriva está ligado à psicogeografia, que irá propor que os cidadãos possam perceber a cidade por meio de uma cartografia particular (DEBORD, apud JACQUES 2003). Diante da impossibilidade do caminhar, como reconfigurar afetos? Que heterotpias (FOUCAULT, 2009) são criadas para subverter o que filósofos, como Byung Chul-Han (2020), enxergam, no momento atual, como uma ameaça que pode começar a se estabelecer ao nosso livre caminhar, onde passaríamos a ter nossos afetos e trajetos vigiados 24 horas.
Objetivos e Metas
- Realizar entrevistas e pesquisas netnográficas e observatórias sobre as reconfigurações dos afetos e dos deslocamentos na cidade em época de pandemia
- Recolher e produzir vídeos, imagens, peças gráficas, áudios, filmes, instalações audiovisuais, narrativas em prosa e versoentre outros para produzir uma cartografia das subjetividades na cidade de Brasília e em outras cidades no período da pandemia de Covid-19 e que já estão sendo publicadas nas mídias sociais da pesquisa (@cartografiasdoisolamento)
- Realizar uma exposição com o resultado da pesquisa bem como uma publicação com a produção artística recebida e artigos científicos sobre o tema.
Metodologia
A cartografia permite a elaboração de um mapa não de um território, atrelado aos aspectos físicos de uma determinada região, mas, principalmente, ao desenho de relações, jogos de poder, discursos, movimentos, afetos, modos de subjetivação e resistência, dentre outros. Segundo Rolnik, a cartografia acompanha as transformações pelas quais passam os diversos mundos, alterando os afetos contemporâneos. A autora acredita que, ao se traçar uma cartografia, deve-se estar atento “às estratégias do desejo em qualquer fenômeno da existência humana” (Rolnik, 2011). É este desenho que pretendemos realizar. Quais as reconfigurações nessa cartografia dos afetos e do caminhar que possibilitam os encontros na cidade se desenrolam com a imposição do isolamento. Recolheremos depoimentos, faremos pesquisas netnográficas em mídias sociais, recolheremos e produziremos material de vídeo, imagens, textos, entre outros sobre as possibilidades de manifestações subjetivas nesse cenários para, num segundo momento, problematiza-los à luz da teoria com debates e webnários, o que nos mostrará as reconfigurações dessa cartografia das subjetividades em Brasília, principalmente, mas também em outras cidades.
Resultados Esperados
Esperamos recolher um vasto material audiovisual que nos possibilite estabelecer reflexões e debates, juntamente com o aporte teórico, para a problematização do tema a que nos propomos e, assim, realizar uma exposição constituída de vídeos, filmes, textos, imagens, áudios, instalações, entre outros que mostre as reconfigurações da cartografia subjetiva dos afetos e do caminhar na cidade de Brasília. Visamos ainda a publicação de um livro com artigos científicos e as peças artísticas recebidas bem como a realização de uma exposição.
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
ABRIL/MAIO/JUNHO/ 2020 – recolhimento de material, depoimentos. Leitura de textos.
AGOSTO/SETEMBRO/OUTUBRO/2020 — recebimento dos artigos acadêmicos
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO/2020 – organização do material, debates, webnários
OUTUBRO/NOVEMBRO/2020 – execução das peças e preparação da exposição e publicação
DEZEMBRO/2020 - exposição
MARÇO/2021 - lançamento do livro
Tempo total de execução previsto
11