Produção de álcool-gel na UnB empregando nova formulação e processo simplificado

Sumário Executivo da Proposta

A crise do Covid-19 pede da Academia resposta rápidas no sentido de solucionar problemas concretos. A UnB, assim como inúmeras instituições públicas, foi surpreendida sem dispor de estoque de álcool gel (AG), apontado unanimemente como antisséptico eficaz e de uso seguro. A equipe do LATEQ/IQ dispõe de expertise de produção de saneantes em escala industrial por causa da coordenação técnica da FEsQ por 16 anos e pode usar esse conhecimento para a produção emergencial de AG. Assim, a Prefeitura dos Campi, com estoque de 2.000 L de álcool 96 GL, procurou o IQ para ver da possibilidade de produção do AG. No entanto, as dificuldades se iniciaram: o carbopol espessante do álcool, matéria prima crucial do processo, está em falta no mercado pela demanda excessiva de AG. Para contornar o problema, a equipe do LATEQ lançou mão de uma substância, carboximetilcelulose (CMC) comercial (utilizado em projetos de pesquisas de látex), para promover o espessamento do álcool, em substituição ao carbopol. O processo, inicialmente de difícil execução, foi progressivamente dominado e resultou uma técnica simples de produção. Entretanto, o CMC alimentício, comprável em lojas do mercado local, acabou inviabilizado pelo fechamento do comércio. A saída foi buscar outro tipo de CMC, utilizado em cosméticos, também existente no LATEQ, para substituir o CMC alimentício. A produção piloto de 100 L/dia, foi montada em um laboratório do IQ, sendo já produzida uma partida inicial de 300 L para atender emergencialmente os setores de vigilância e outros de atividade presencial nos Campi. As próximas etapas são: a) consolidar a produção em nível de 1000 L/dia para a UnB e para atender outras instituições públicas que precisam do produto e dispõem de recursos para as matérias primas; b) estruturar o controle de qualidade do produto, e c) obter uma autorização provisória da Anvisa.