Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
KATIA CRISTINA TAROUQUELLA RODRIGUES BRASIL
Matrícula UnB
1122673
Unidade acadêmica da UnB
ktarouquella@gmail.com
Título da Proposta
SISTEMA INTEGRADO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL NO DISTRITO FEDERAL FRENTE A EPIDEMIA DE COVID-19
Sumário Executivo da Proposta
A proposta pretende pesquisar como se constitui o sistema de rede de atenção à saúde mental no Distrito Federal frente a epidemia covid-19 que se iniciou em Março de 2020, frente ao isolamento imposto à população. Pretende-se identificar os desafios da população do Distrito Federal e a população acadêmica, incluindo os profissionais da saúde. Nesse contexto, objetiva-se acompanhar e avaliar a execução do plano de Ação e Matriciamento da teia que gerou o trabalho em rede de proteção e saúde Mental, bem como as consequências para a saúde mental da epidemia do Covid-19. Buscando identificar as articulações de uma rede de apoio integrada intersetorial e interdisciplinar, com o intuito de promover uma articulação entre os sujeitos e setores sociais diversos para enfrentar o problema dos impactos para a saúde mental no período de isolamento social e no período pós-isolamento.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
saúde mental, epidemia, Isolamento social
Número de Integrantes da Equipe
7
Nome dos Integrantes da UnB
Regina Sucupira Pedrosa, Silvia Furtado de Barros, artur Mamed, Cristineide Leandro França, Bárbara Bandeira, Yvanna Aires Gadelha Sarmet ,
Há integrantes externos à UnB?
Sim
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Psicopatologia, psicanálise e linguagem
Público alvo
Análise do Contexto
O surgimento do vírus SARS-Cov-2 em Wuhan, China, em dezembro de 2019, levou a uma epidemia local que se espalhou rapidamente para vários países do mundo, impondo desafios consideráveis em vigilância e controle. O surto de coronavírus que se iniciou na China levou a convocação de uma reunião da Organização Mundial de Saúde (OMS) em janeiro de 2020, nesse período não houve um alerta de emergência de saúde pública de importância internacional. Croda e Garcia (2020), assinalam que foi em fevereiro de 2020 que a doença provocada pelo novo coronavirus foi chamada de COVID-19. Em fevereiro o sinal de alarme da saúde pública internacional começa a acender, pois na China, até o fim de fevereiro foram quase 80 mil casos confirmados e 2838 óbitos e mais 6 mil casos confirmados e 86 óbitos em outros 53 países. O Brasil não ficou de fora e segundo o Ministério da Saúde, um mês depois de completar um mês da primeira detecção de covid-19, o país já registrava 77 mortes e 2.915 casos de infecção. O Ministério da Saúde indica que a pandemia de coronavírus infectou mais de 340 mil pessoas e matou mais de 14,7 mil até esta segunda-feira (23/03) e a perspectiva do Ministério da Saúde para os próximos meses de 2020 é de que a epidemia aumente no Brasil, uma vez que o país está no início da curva de crescimento pela qual outras nações já estão passando, como Estados Unidos, Itália e Espanha1 (1-https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/ministerio-da-saude-atualiza-dados-sobre-covid-19-acompanhe-ao-vivo)
O novo coronavírus, causa doença respiratória, que podem ser assintomáticas ou leves, mas também podem evoluir para casos graves e morte. Os sintomas são febre alta, falta de ar com respiração curta, pressão baixa e calafrio. Sawamura et al (2020) afirmam que o COVID-19 está relacionada a uma doença respiratória aguda causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2), altamente contagioso e de evolução ainda pouco conhecida. Sendo assim, os países vem adotando de forma sistemática o isolamento da população como uma forma de diminuir o risco de contágio, a China conseguiu bloquear a epidemia provavelmente porque identificou e isolou pelo menos 80% dos contactantes. O isolamento atinge a todos, mas o risco mais de exposição é para os idosos, pois há letalidade muito mais elevada entre os idosos (pessoas com 60 anos ou mais). O Ministério da Saúde confirmou 111 mortes por coronavírus (Covid-19) no Brasil, e 3.904 pessoas contaminadas, sendo que 90% das mortes são de idosos com comorbidades.
Diante da rapidez dos contágios e da ausência de medicação para o tratamento, o isolamento foi o recurso utilizado por vários países e também pelo Brasil. Segundo o jornal correio Brasiliense, um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) estima que, sem o isolamento social, cerca de 70% da população da capital teria contato com o coronavírus. O jornal lembra que o Distrito Federal foi uma das primeiras unidades da federação a impor decretos de fechamento de escolas e estabelecimentos para o isolamento social da população. A medida gerou críticas de parte dos moradores da capital e divergências com outros governos. Mas, segundo análises do grupo da UnB, as ações foram adequadas para conter a rapidez do contágio entre a população da capital2. Esta situação em trazendo impactos para a saúde mental dos habitantes do Distrito Federal de modo geral, mas também para a comunidade acadêmica, pois os alunos tiveram as aulas suspensas e muitos não puderam voltar para suas cidades de origem ou mesmo seu país no caso de estrangeiros, outros tiveram que conviver com a dificuldade de estarem confinados em casas pequenas com famílias números, entre outras dificuldades.
2-https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2020/03/28/interna_cidadesdf,840829/sem-isolamento-mais-de-70-da-populacao-do-df-teria-contato-com-a-cov.shtml
Breve Fundamentação Teórica
O isolamento social como um modo de diminuir os riscos de contágio pelo COVID-19, possui um impacto psíquico e um risco para a saúde mental dos sujeitos que não pode ser negligenciado. Em um artigo publicado em 14 de março de 2020 na revista científica The Lancet, os autores Brooks et. Al (20020) alertaram sobre os custos psicológicos do isolamento social em função da epidemia e chamam a atenção para o fato de que a luta contra a epidemia pode dar início a uma outra epidemia, esta menos visível que são os efeitos psicológicos de tal isolamento. Os pesquisadores evidenciam alguns sintomas, como stress, insônia, raiva, depressão, irritabilidade, entre outros. Assim, faz-se necessário articulações de uma rede de apoio integrada intersetorial e interdisciplinar, para promover uma articulação entre os sujeitos e setores sociais diversos para enfrentar o problema dos impactos para a saúde mental no período de isolamento social.
Objetivos e Metas
Objetivos
Identificar os desafios da construção de um sistema integrado de rede de atenção à saúde mental no Distrito Federal frente a epidemia de Covid-19.
Objstivos específicos:
Acompanhar e avaliar a execução do plano de Ação e Matriciamento da teia que gerou o trabalho em rede de proteção e saúde Mental.
Mapear a rede de atenção à saúde mental atuante no suporte da epidemia de Covid-19;
Identificar os elementos que contribuiem para o riscos à saúde mental no período da epidemia do Covid-19;
Identificar as consequências para a saúde mental da epidemia do Covid-19 pós isolamento.
METAS
- Registro da rede de atenção à saúde mental do Distrito Federal atuante no suporte da epidemia de Covid-19;
-Registro das demandas de atendimentos à saúde mental no DF no período da epidemia do Covid-19 e os sintomas apresentados.
-Registro das demandas de atendimento à saúde mental na comunidade acadêmica.
-4 Reuniões com os profissionais que dão suporte à saúde mental para os sujeitos no periodo da da epidemia de Covid-19.
-Elaboração de um livro sobre saúde mental no período da epidemia do Covid-19;
- Aplicação de Questionários e duas entrevistas coletivas com profissionais que integram a rede de atenção à saúde mental do Distrito Federal;
-Elaboração e submissão de (2) dois artigo com a finalidade de tornarem públicas as experiências da rede de atencao À saúde mental
-Fornecimento de material de multimídia, para o desenvolvimento do processo formativo, assim como o acompanhamento e avaliação da aplicação da metodologia de trabalho em rede de atenção à saúde Mental
Metodologia
Acompanhamento e registro dos atendimentos da rede de saúde mental do Distrito Federal frente a epidemia do Covid-19, utilizando questionário, registro de atendimentos online e presencial e registro de reuniões de supervisão junto aos profissionais engajados na atuação junto à rede de atenção à saúde mental no Distrito federal e junto à comunidade acadêmica.
Mapeamento utilizando o método cartográfico, também chamado de cartografia, buscando rastrear as formas e forças em jogo no cuidado em saúde mental ofertado pela rede cotidiano de trabalho. Para isso, efetuaremos entrevistas coletivas com os profissionais envolvidos com a rede de atenção à saúde mental.
Resultados Esperados
Registro da rede de atenção à saúde mental do Distrito Federal atuante no suporte da epidemia de Covid-19;
Registro das demandas de atendimentos à saúde mental no DF e junto a comunidade acadêmica, no período da epidemia do Covid-19 e os sintomas apresentados.
4 Reuniões com os profissionais que dão suporte à saúde mental para os sujeitos no periodo da da epidemia de Covid-19.
Elaboração de um livro sobre saúde mental no período da epidemia do Covid-19;
Aplicação de um Questionário junto aos profissionais da rede de saúde mental que estiveram à frente durante o epidemia
2 entrevistas coletivas com profissionais que integram a rede de atenção à saúde mental
Subimissão de dois artigo com a finalidade de tornarem públicas as experiências da rede de atencão à saúde mental durante a epidemia.
Dois vídeos sobre a experiência de atenção à saúde mental no período da epidemia do Covid-19
Área de Conhecimento
Subárea de Conhecimento
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
1. Reuniões sobre o planejamento do projeto- Mês (1,2e3)
2. Elaboração de um instrumento de coleta de dados: questionário Mês (2,3 e 4)
3. Mapeamento da rede de serviço de saúde mental-Mês-(4,5,6,7,e8)
Do Distrito federal no período da epidemia do Covid-19
4. Registro das demandas de atendimentos à saúde mental no DF no período da epidemia do Covid-19 e os sintomas apresentados pelos usuários e pela comunidade acadêmica
Mês (7,8,9,10,11,e,12)
5. Reunião com os profissionais que dão suporte à saúde mental para os sujeitos no periodo da da epidemia de Covid-19- M~es- (3 e 7)
6. Elaboração do roteiro, gravações dos vídeos e edição do primeiro vídeo- Mês (5,6,7,8,9)
7. Elaboração e submissão do artigo 1. (8,9,10,11e 12)
Segundo ano:
8. Questionário e entrevista com profissionais que integram a rede de atenção à saúde mental durante a epidemia do coronavírus. Mês (1,2,3,4,5,6)
9. Elaboração do roteiro, gravações dos vídeos e edição do segundo vídeo Mês (2,3,4,5,6)
10. Tratamento do conteúdo dos questionários e das entrevistas (6,7,8)
11. Elaboração e submissão do artigo 2 Meses (6,7,8,9)
12. Reunião com os profissionais que dão suporte à saúde mental para à comunidade acadêmica no periodo da da epidemia de Covid-19 Mês (3 e 5)
13. Elaboração do roteiro, gravações dos vídeos e edição do segundo vídeo Mes (2,3,4,5,6,7)
14. Elaboração do livro Mes (3,4,5,6,7,8,9)
15. Relatório da pesquisa- Mês (10, 11, 12)
Tempo total de execução previsto
24