Informações
Nível de aprovação pela UnB
Aprovado pela UnB
Nome Completo do Proponente
MARIBEL DEL CARMEN ALIAGA FUENTES
Matrícula UnB
1029312
Unidade acadêmica da UnB
arqmarialiaga@gmail.com
Link Cúrriculo Lattes
Título da Proposta
Cartografia da Covid-19 a partir da notificação da mulheres no Distrito Federal
Sumário Executivo da Proposta
Cartografia é um substantivo feminino, que significa a arte de fazer mapas geográficos ou topográficos, seguindo a premissa do substantivo feminino e da arte de fazer mapas que esta pesquisa se propõe a estudar e seguir o rastro da propagação do COVID-19 nas mulheres do Distrito Federal. Busca entender causas e consequências, seja na propagação, infecção, óbitos e toda a repercussão que a pandemia terá como forma de evidenciar diferenças e vulnerabilidades.
O trabalho tem como objetivo gerar estudos e mapas sobre o território do Distrito Federal e relatórios para distinguir os problemas por faixa etária, geo-localização e infraestrutura urbana.
Os registro de notificação das pessoas com COVID-19 no Distrito Federal foi iniciado em 28 de fevereiro de 2020, com a investigação dos casos suspeitos e com atualizações diárias de novas suspeitas e confirmações. Neste primeiro momento os dados disponibilizados de forma oficial pelo Governo do Distrito Federal-GDF se limitava ao número de casos em investigação e aos casos confirmados. Com o avanço da doença e a necessidade de mais informações sobre as pessoas afetadas o GDF criou dentro do portal da transparência o portal COVID-19 que traz atualizações diárias sobre o avanço da doença no DF e disponibiliza para download os dados das pessoas infectadas com sexo, faixa etária, região administrativa de residência, estado de saúde e data de notificação.
A partir desses dados se tornou possível construir uma análise centrada nas mulheres e em como os vírus estão afetando elas. Nas análises entre os dias 04/05/2020 e 06/05/2020 foi possível identificar que a COVID-19 leva a óbito mulheres fora do Plano Piloto, apesar de ser a região com maior número de infectadas, que a taxa de mortalidade das mulheres (1,98%) está acima da dos homens (1,58%) e que a faixa etária das mulheres infectadas em maior número é entre os 30 e 39 anos. Todos os dados utilizados para análise são os disponibilizados de forma oficial pelo GDF através do Portal COVID-19.
Espera-se como produtos gerar mapas georeferenciados temáticos e diretrizes emergenciais para amenizar os impactos das COVID-19 entre as mulheres residentes no Distrito Federal, além de gráficos e textos em linguagem simplificada para a divulgação científica da pesquisa para a sociedade civil através de perfis específicos em redes sociais, tendo por objetivo a redução e refutação de ‘fakenews’ e a disseminação de informações verificadas e qualidade.
Tipo da Proposta
Palavras-chave
COVID-19, mulheres, territórios, Distrito Federal, Brasília
Número de Integrantes da Equipe
4
Nome dos Integrantes da UnB
Maribel del Carmen Aliaga Fuentes, Carolina Pescatori Candido da Silva, Erondina Azevedo de Lima, Luiza Rego Dias Coelho, Stephanny Alves da Silva
Há integrantes externos à UnB?
Não
Possui apoio de Grupo de Pesquisa Certificado pela UnB no CNPq?
Sim
Nome/Link do Grupo de Pesquisa certificado no CNPq pela UnB
Observatório de estudos feministas em Arquitetura e Urbanismo/@amarelinhaobservatorio
Público alvo
Análise do Contexto
A casa, que é o lugar da prevenção e do abrigo, também pode ser o lugar da violência e opressão e neste momento de confinamento, a situação da mulher se torna ainda mais vulnerável tanto do ponto de vista epidemiológico como do ponto de resguardo físico e mental. Porém, para entender a casa é preciso entender a sua inserção na cidade e os reflexos do vírus nas distintas comunidades. E, entender que na sociedade o cuidado doméstico e com os vulneráveis, é ainda um papel considerado feminino. Portanto, para melhor entender a casa e suas relações de cuidado, é preciso entender a relação das mulheres com o abrigo no sentido amplo, pois, existem as mulheres sem abrigo que estão na rua, as periféricas que habitam espaços pequenos, insalubres e dividem este espaço com várias pessoas, as que se mantém cativeiras de relações abusivas por falta de opção e, as que apesar de não sofrer nenhuma destas mazelas, se depararam com uma nova realidade: a CASA.
Para propor qualquer ação de prevenção é preciso entender a diversidade e como os corpos ocupam os espaços privados e públicos. Se a CASA é ainda uma questão de cuidados femininos, é preciso mapear estas diversidades femininas e propor soluções adequadas a cada segmento. Por isso sugerimos um trabalho em duas etapas: identificar e mapear os diferentes segmentos de mulheres para então elaborar ou divulgar cartilhas de apoio.
É necessário (re)aprender sobre os limites do espaço doméstico e sobre cuidado, mas para isso é incontornável entender a pluralidade e diversidade que há na domesticidade e na casa.
Breve Fundamentação Teórica
A ONU Mulheres, assim como outras agências internacionais, já preveem que o impacto e implicações serão diferentes entre homens e mulheres, lembrando que as mulheres, são essenciais na luta contra a pandemia; estão na linha de frente da resposta e assumem custos físicos e emocionais; continuam sendo mais afetadas pelo trabalho não remunerado, principalmente em tempos de crise; têm a sua capacidade de garantir os meios de subsistência altamente afetada pela pandemia e como trabalhadoras informais são economicamente atingidas pelos efeitos do isolamento social. Também, como já é possível observar em algumas regiões do país, os esforços concentrados nos combate a pandemia aumentam a falta de acesso aos serviços e cuidados de saúde sexual e reprodutiva. Phumzile Mlambo-Ngcuka, sua diretora executiva, diz que há espaço, não apenas para resistência, mas recuperação e crescimento. E conclama a os governos e setores privados a aproveitar a oportunidade para planejar sua resposta à COVID-19 levando em consideração a perspectiva de gênero, construindo proativamente conhecimentos de gênero em equipes de resposta.
Objetivos e Metas
O projeto tem como objetivo observar e mapear o percurso da COVID-19 e os impactos desde a propagação, contaminação, isolamento social e pós pandemia nas mulheres do Distrito Federal, entendendo que a pandemia pode incidir de maneira desigual entre homens e mulheres, e mesmo entre mulheres, os impactos podem ter resultados diferentes.
Metas:
_Gerar gráficos temáticos a partir do dados coletados;
_Gerar mapas que acompanhem o rastro do vírus;
_Analisar os dados separando as informações por região, buscando distinguir os diferentes tipos de mulheres.
Metodologia
Coleta e análise de dados, com a transformação destes em mapas e relatórios.
Cruzar informações da Secretaria da Saúde, do Registro Civil e da Codeplan-DF para gerar mapas temáticos no software R ou Python;
_Utilizar dados do PNAD do Censo (IBGE) e do Ministério da Saúde como referência para o cruzamento de dados para a análises estáticas e geoestatística;
_Cartografar o comportamento de transmissão do vírus entre mulheres nas RAs do DF, especialmente regiões de menor renda familiar e maior precariedade de infraestrutura, utilizando software de geoprocessamento;
_Categorizar situações, para compreender as mulheres em diversas dimensões.
Resultados Esperados
Como resultado o projeto procura entender e informar os impactos do COVID-19 na vida das mulheres no DF, levando em consideração a atuação no mercado de trabalho, em casa e na sociedade.
A pesquisa poderá ser uma fonte norteadora de ações para as políticas públicas e na informação da sociedade com e-book, artigos etc.
Área de Conhecimento
Ciências Exatas e da Terra | Ciências Humanas | Ciências Sociais Aplicadas
Subárea de Conhecimento
Arquitetura e Urbanismo | Física | Planejamento Urbano e Regional
Há previsão de Orçamento proveniente na unidade acadêmica?
Não
Cronograma da Execução
Duração do projeto: 12 meses - Maio de 2020 a Maio de 2021
COLETA DE DADOS: Maio de 2020 a Abril de 2021
DIVULGAÇÃO PARCIAL: Agosto de 2020 a Abril de 2021
TABULAÇÃO DE DADOS: Agosto de 2020 a Abril de 2021
GEOPROCESSAMENTO: Novembro de 2020 a Abril de 2021
DIAGNÓSTICO: Novembro de 2020 a Abril de 2021
CONCLUSÕES: Novembro de 2020 a Maio de 2021
RELATÓRIO FINAL: Abril a Maio de 2021
Tempo total de execução previsto
12